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FELLIPP BARBIERI

Meus dedos alisavam a pele macia de Cordelia com carinho. Depois da nossa intensa noite de amor, ela caiu exausta em meus braços.

Amor, essa era a definição. Fizemos amor pela primeira vez; foi algo terno e bonito, um ato lento, sem brutalidade. Apreciei e amei cada parte das suas curvas, cada pintinha. Fui atencioso, como Cordelia merecia, como devia ter sido.

Arrisco-me a dizer que nos amamos internamente, de corpo e alma, nesta linda noite, onde a lua foi testemunha dos nossos beijos, da nossa conexão, da nossa paixão.

Nunca na minha vida vivi algo assim. Nunca fiz amor; sempre foi sexo, e na maioria das vezes era sexo sem importância, algo para preencher meu prazer.

E agora, pela primeira vez, ardentemente amei uma mulher como nunca amei. Cordelia foi minha de uma maneira inexplicável e linda. Seria inesquecível. Não tínhamos pressa para atingir nosso ápice; começamos com beijos, toques e carícias.

Não podia negar o inevitável: Cordelia me conquistou, me encantou, e eu me apaixonei perdidamente por cada fibra do seu ser, pela sua ingenuidade que a tornava fofa, e pela sua bondade.

Me apaixonei feito um louco pela mulher que nunca ia me perdoar...

— Isso foi incrível — ela diz baixinho, quase inaudível, e deixo um sorriso sincero escapar.

— Foi maravilhoso — Fito, sua pele nua. Estávamos deitados no colchão cheio de almofadas, que a essa altura algumas tinham ido parar no chão. E, tirando coragem, não sei de onde começo a dizer algo que já devia ter dito — Tenho tantas coisas a lhe dizer, e todas irão acabar com você me odiando. E não sabe o quanto me arrependo das vezes que lhe humilhei, que fui rude e um completo idiota, ou quando agi impulsivamente e fiquei com Lindsay, outro grande erro, ou naquela assombrosa noite em que ordenei que matasse a coisa mais importante para você — Cordelia suspira, ficando calada, e continuo: agora não tem mais volta — Nada que eu te disser ou fizer vai me fazer merecedor do seu perdão, porque eu não te mereço. Mas sou muito orgulhoso para te deixar ir, então a partir de agora quero ser um homem melhor para você. Dentro dos meus limites, não sou um homem normal, Cordelia, sou um mafioso sanguinário; porém, sempre vou te proteger e colocar sua vida acima da minha.

Paro de falar à procura de ar; Cordelia continua na mesma e sinto um incômodo por seu silêncio.

— Dizem que nunca é tarde para se arrepender e, mesmo tendo a consciência de que não mereço, te peço perdão, o meu mais sincero perdão — falo, finalmente podendo respirar com mais calma. Era como se eu tirasse um peso de cima dos meus ombros, mas não totalmente, já que ainda tenho que contar sobre o assunto de Lindsay e Fergus.

Estranho o silêncio da minha esposa e, lentamente, seguro em seu ombro, virando-a. Entendo o motivo do seu silêncio: minha ruiva dorme tranquila, com o rosto tão sereno. Nego com a cabeça, sorrindo; agora que comecei, minha gatinha dorme e sequer ouviu o que eu havia dito.

— Tão linda — sussurro, alisando sua bochecha e tendo uma ótima visão das suas sardinhas — e perfeita... perfeita para mim... você é minha ruivinha, vou te proteger de tudo e todos.

Inclino-me, deixando um selar em sua testa, ouvindo seu suspiro. Aqui, sob a luz da lua e o brilho das estrelas, tenho a certeza de que amo essa mulher. Eu a amo com tudo que tenho de mim; amo-a de uma maneira que chega a doer somente por pensar em não tê-la.

Amo Cordelia Barbieri imensamente.

E se me perguntar quando isso aconteceu, não saberei dizer com certeza. Talvez tenha sido assim que a vi ou depois da nossa lua de mel. Cordelia entrou na minha vida tão de repente, e eu não tinha nem expectativas para o nosso casamento, que, para mim, havia sido contra a minha vontade. Hoje, acabou se tornando o meu bem mais precioso, porque assim conheci a mulher da minha vida.

Uma esposa para o mafioso: Livro 2 Série Máfia N'drangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora