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— Cordelia, tudo bem? — Ouço a voz de Maria e viro o rosto para ela — está com febre? Por que está com essa bolsa de gelo?

— Ah, não estou com febre, só... estou com calor — envergonhada, digo, passando a bolsa de gelo sobre minha testa.

Como vou dizer que minha intimidade está quente e úmida, implorando para ser tocada?

— Mas... não está tão calor assim? — Maria me olha preocupada e, ao mesmo tempo, assustada. Como vou dizer a essa senhora que todo meu calor se deve a Fellipp tocando seu membro enquanto banhava e rosnava meu nome?

Havia acabado de entrar no quarto quando ouvi alguns resmungos do meu marido. Logo em seguida, ele murmurou meu nome de uma maneira entrecortada e eu, como uma boa curiosa, espiei pelo banheiro se estava tudo bem. Contudo, não esperava encontrá-lo nu, tocando seu pau de uma maneira tortuosa e... gostosa.

Merda, foi muito excitante presenciar aquilo. Senti minha calcinha umedecer de imediato, e aquela fisgadinha na minha intimidade se fez presente.

Sentia um imenso tesão, apertava minhas pernas e contraia minha intimidade somente para sentir a sensação gostosa.

Meu marido não percebeu minha presença. Saí em direção ao outro banheiro da casa, e novamente o banho gelado não estava funcionando.

Merda, o que eu teria que fazer? Acho que era normal sentir isso.

Não era preciso ir ao hospital, certo?

Pensei em várias soluções para meu problema, e foi quando tive a ideia da bolsa de gelo. Precisava daquela bolsa gelada, com ela tentando afastar meu desejo.

Ainda mais agora que estou prestes a sair.

— E que estou acostumada com o clima da Escócia — minto, querendo a todo custo que ela acredite, até porque aqui na Calábria não está tão calor.

— Tá legal — ela diz, sorrindo de canto, porém com aquele olhar que tentava decifrar o que havia de errado — Você vai sair?

— Sim, noite das mulheres — me lembro do convite de Cicila e sorrio porque é a primeira vez em toda a minha vida que irei ter uma noite de garotas.

— Tenha uma boa noite e aproveite — Maria declara animada, saindo da cozinha. Suspiro aliviada porque não precisaria mentir.

Saio de casa vendo Amélia junto ao motorista. Ela sorri assim que me vê, logo me recebendo com um abraço.

— Cordélia está linda — elogiou-me, olhando deslumbrada.

— Obrigada, você é que está .

— Meu cunhado te deixou sair — Entro no carro; iríamos encontrar Cicila.

— Na verdade, ele não sabe que estou saindo — Amélia gargalha.

— Você é corajosa — Observo o momento em que passamos pela mansão — Não conseguiria esconder nada do meu noivo; Lorenzo monitora todos os meus passos através dos soldados — Ela revira os olhos, porém se refere com carinho ao noivo.

— Acho que Fellipp não se importa com o que faço; ele mal fala comigo.

— Sinto muito, Cordelia — ela lamenta, segurando minha mão.

— Tudo bem — balanço a cabeça, não querendo tocar neste assunto e focar na minha primeira saída.

Saio do carro acompanhada por Amélia; ela gruda seu braço no meu, me conduzindo à entrada. Estávamos em algum tipo de boate. Consigo ouvir a música vibrante assim que atravessamos a porta. Um homem abaixou a cabeça em cumprimento à mulher do don.

Uma esposa para o mafioso: Livro 2 Série Máfia N'drangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora