Cordelia Mackenzie é uma garota ensinada somente para um propósito: ser uma esposa perfeita. Cordelia sempre soube de seu destino, só não imaginava que chegaria tão rápido. Com 19 anos, Cordelia tem que se casar com um membro da família Barbieri par...
Levanto já procurando com o olhar a flor sobre o móvel ao lado da cama. Sorrio avistando-a e a pego junto ao cartão.
Flor |||
Terceira flor com 3 coisas que mais me encantam em você:
A maneira com a qual você sorri, com o olhar, seu doce olhar tão profundo e meigo. Suas íris azuis, em um tom esverdeado, contêm um brilho que nunca consigo deixar de apreciar.
Ou a maneira como facilmente você sorri para algo que gosta. Consigo descrever todos os seus sorrisos:
Os travessos,
Os doces, amáveis e gentis,
Ou quando você força um sorriso. Esse eu conheço muito bem, porque é o que você mais me direciona. Contudo, sempre aprecio e memorizo todos.
E podemos falar do seu jeito, seu jeitinho delicado, que a cada vez mais me surpreende e encanta.
Tenha um bom dia
Termino de ler, balançando minha cabeça. Sigo até o closet, pegando a caixinha onde guardo os bilhetes que Fellipp me escreve. Abro, colocando o bilhete de hoje do mesmo jeito que aconteceu ontem. Fellipp deixou um segundo cartão, acompanhado por uma margarida. Guardo tudo e vou em direção ao banheiro com um enorme sorriso.
Fellipp diz que normalmente não abro muitos sorrisos em sua direção; contudo, isso tem se tornado frequente.
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— Você vem muito aqui? — pergunto a Cicila, que anda na minha frente.
— Não muito, estou começando a frequentar agora. O trabalho na empresa tem me segurado, e a única coisa que penso quando chego em casa é em dormir — Cicila trabalha em uma das empresas da família Barbieri.
— Qual a diferença deste clube para a boate?
— Digamos que aqui as coisas acontecem sem censura nenhuma — A loira diz, me deixando mais confusa — Olha, Cordelia, tem certeza que quer continuar?
— Claro.
— Então vem comigo — sigo Cicila subindo uma escada que dá para um corredor — agora não tem volta, minha amiga — ela sussurra e não tenho tempo de processar, já que paramos em frente a uma parede que contém um vidro, me dando a visão de algo que nunca imaginei que seria possível.
Era chocante e surpreendente.
— Eles estão... — olho para Cicila, que tem um sorriso animado nos lábios.
— Sim.
— Mas assim, onde todos podem ver? — chocada, pergunto.
— Essas salas são exatamente para isso. Esse andar só tem salas assim; no próximo andar ficam as salas privadas, ou seja, tudo que estiver acontecendo lá dentro ninguém verá.
