025. | Coisas mal resolvidas

3.8K 336 96
                                    

❛ Ah, quando um abraço apertado se encaixa
É como se o mundo parasse ali, é como se a vida acabasse.

❛ Ah, quando um abraço apertado se encaixaÉ como se o mundo parasse ali, é como se a vida acabasse

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

APOLLO

Florianópolis, SC | 09h05min
10 de janeiro de 2024.

— Mas você não tinha obrigação de saber. — riu fraco. — Ainda mais porquê eu fazia isso bem por não consegui falar diretamente pra você.

— 'Cê tinha receio que, sei lá...não fosse recíproco?

— Sendo bem sincera? Não. — riu fraco. — Já desconfiava que você gostasse de mim. Eu só tinha medo de estragar a amizade que a gente tinha.

— Quem não arrisca, não petisca...

— Arriscamos e acho que a rota deu meio errado. — deu uma risadinha.

— Mire na lua. — falei pegando o colar que estava em sua mão, passando o dedão pela lua do pingente. — Mesmo que você erre, cairá entre as estrelas. — desci para a estrela que havia no meio. Logo em seguida devolvi o colar para a garota, que apenas riu fraco.

— Você não tem noção do quanto me deixa confusa. — negou com a cabeça, deixando o colar cair entre seus dedos.

— É como dizem, uma hora ou outra coisas mal resolvidas precisavam ser resolvidas.

— O ditado não é: coisas mal resolvidas sempre voltam? — franziu o cenho.

— Não sei, voltam? — sorri fraco, a olhando de canto.

— Coloca pra mim? — se referiu ao colar após um tempinho em silêncio, ignorando o que eu havia dito.

— Uhum. — ri fraco, pegando o colar.

Ela se virou um pouco, tirando o cabelo que caia em suas costas, o segurando pra frente.

Abri o fecho do colar, colocando em volta de seu pescoço e logo o fechando.

— Pronto. — sorri fraco.

— Valeu. — retribuiu o sorriso, me dando uma leve encarada.

— Nada...acho melhor a gente voltar lá pra baixo, 'mó fome. — me levantei, tentando descontrair um pouco o clima que tinha se instalado. A garota se levantou logo em seguida e me encarou. — 'Tá tudo bem? — a olhei confuso.

— Te amo, 'tá? — sorriu pequeno enquanto desviava seu olhar do meu.

Anna Júlia se afastou, pegou o buquê e então saiu do quarto. Bom, e quanto a mim? Travei.

Não soube o que falar e nem fazer.

Sempre fico assim quando algo me revive o passado.

Em todas as minhas batalhas contra ela, no fim delas falavamos um "te amo, 'tá?". Basicamente queríamos deixar claro para nós mesmo que, acima de tudo, era a gente. Podíamos falar as piores coisas durante os rounds, mas ao saírmos daquilo, tudo falado se tornava insignificante na nossa relação.

Olimpo | Apollo MCOnde histórias criam vida. Descubra agora