❛ Onde Apollo e Athena se reencontram após anos sem contato algum, opcional ou não, o sentimento estranho retorna, o de surpresa apresenta-se, a saudade se revigora, mas quanto ao sentimento escondido e trancado à 7 chaves fica a pergunta, tal cadea...
❛ Quando um abraço apertado se encaixa É como se o mundo parasse ali É como se a vida acabasse.
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APOLLO
Barueri, SP | 00h20min 14 de fevereiro de 2024.
— Não é possível, cara. — falei um pouco mais baixo que o normal. A indignação era clara em meu tom enquanto desviava meu olhar para qualquer outro canto do quarto, evitando olhar tanto para ela como para esse maldito celular.
Sabe aquele gol nos acréscimos do segundo tempo que pode empatar ou virar o jogo?
E sabe o atacante que perde esse gol acertando o chute na trave?
'Tô começando a achar que não é pra ser mesmo, porquê puta que pariu.
— Shh... — sussurou deixando seu dedo indicador sobre meus lábios, logo virando meu rosto em direção ao seu.
A encarei e um sorrisinho estava formado em seus lábios, aos poucos ela foi tirando seu dedo dos meus.
Eu estava prestes a dizer para ela atender a Bianca — na verdade eu até comecei a falar, mas fui interrompido — quando sou surpreendido por ela me dando um selar de lábios rápido.
— É pra mim calar a boca, né? — ri fraco e ela balançou levemente a cabeça em concordância enquanto dava um sorriso pequeno e franzia o nariz.
Abri um sorriso até sincero demais enquanto acomodava minha mão em seu pescoço, a puxando para mais perto novamente.
Pude sentir um sorriso aparecer em seu rosto antes de eu selar nossos lábios.
Sabe quando tudo se encaixa?
É como se o mundo parasse ali. Como se só existisse a gente. O toque de fundo de celular se torna distante...inexistente.
Por mais de ter sido algo tão esperado — acho que não só por mim —, por parecer transmitir tanta vontade e necessidade. Esse beijo não há nem um pouco de pressa, nenhum pouco de desespero.
Só acho que...saudades. Porra, e quanta saudades.
Não saudades só disso, mas de tudo.
Saudades dela. Saudades da gente.
O que eu sentia — ou melhor dizendo, o que eu ainda sinto. Sei que nunca parei, só escondi de mim mesmo. — pela Anna nunca foi algo somente carnal, eu sei bem disso. E seu o quanto eu desejei esse beijo...mas vai muito além.
Eu nenhum momento eu quis só esse fator, pra falar a verdade, isso era o de menos...
Minha vontade sempre foi entender o que aconteceu. Porquê eu até aceitava o fato dela ter ido embora, mas nunca, NUNCA, realmente entendi.
