041. | Terceira estrofe

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  Se a gente for a fundo mesmo
Pra te recordar que eu quis enfrentar
Todo esse sentimento confuso.

❛  Se a gente for a fundo mesmoPra te recordar que eu quis enfrentarTodo esse sentimento confuso

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APOLLO

Florianópolis, SC | 21h20min
20 de junho de 2024.

Bem que dizem que remédio pra louco é um louco e meio. Não sei como a Valentina não surtou com esse bando de doido dentro da casa dela.

E a cada vez que eu apareço nesse estado eu fico mais assustado com essa mudança de clima, papo reto. Quando a gente chegou 'tava um calor do caralho, agora 'tá um frio da porra.

Desde que chegamos foi só conversa jogada fora e umas ideia de louco.

Não posso nem xingar os outros, passei quase todo o tempo debatendo sobre futebol com o Diego.

Daqui a dois dias — bem no dia da formatura da Naju — vai ter São Paulo contra o Vasco. O máximo que vai acontecer é eu e ele não querer nem olhar uma na cara de outro.

Uma galera quis meter o louco e ir pra praia, mas eu que não vou, porra, nesse frio?! Nem ferrando.

Os únicos que não foram fui eu, Anna Júlia, o irmão dela e Barreto.

Mas tanto o Barreto como o Juca estão jogadas no sofá no décimo quinto sono deles.

Acho que já deu pra entender que o motivo de eu não ter ido claramente não foi só o frio, né?

Eu estava sentado numa poltrona da sala, aproveitei e tirei uma foto do icônico momento do Juca quase que deitado em cima da cabeça do Barreto.

— Barreto vai amar ver essa foto? — ouço uma risada soar atrás de mim e isso é o bastante pra eu conseguir levar um susto. — 'Tá assustado.

— Óbvio, 'cê chega do nada rindo no meu pescoço. — a encarei.

— Nem foi no seu pescoço. — revirou os olhos. — E outra, quem não deve não teme, Rogério Cauí.

— Falando assim 'cê parece até uma namorada maluca xingando o namorado babaca depois dele não entregar o celular pra ela.

— Pois é, vai que eu sou. — sorriu e eu soltei um riso sugestivo. — Não. Maluca, não sua namorada.

— Se perdeu no personagem já, 'tô ligado que 'cê quer ser minha namorada, precisa esconder mais não.

— Vai se tratar, mano. — riu. — Vou lá pra cima antes que eu acorde os dois, que estão muito fofinhos pra eu cometer esse crime...então você também não ouse acorda-los.

— Que pena. — falei me levantando. — Então acho que infelizmente vou ter que ir na mesma direção que você...pra não acordar os fofinhos, sabe? — sorri.

Olimpo | Apollo MCOnde histórias criam vida. Descubra agora