❛ Onde Apollo e Athena se reencontram após anos sem contato algum, opcional ou não, o sentimento estranho retorna, o de surpresa apresenta-se, a saudade se revigora, mas quanto ao sentimento escondido e trancado à 7 chaves fica a pergunta, tal cadea...
❛ É sempre a mesma história Ela vai, mas sempre volta.
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ATHENA
Florianópolis, SC | 14h20min 20 de junho de 2024.
Daqui a dois dias é minha formatura na faculdade. Nem acredito que finalmente acabou.
Confesso, vai deixar um pouco de saudade, afinal, já fazia parte da minha rotina.
Durante esses últimos meses eu voltei a tentar escrever algumas músicas, me ajudou muito no quesito nervosismo com todo esse final de semestre. Papo reto, eu 'tava a um passo de surtar.
— Hoje o tio 'Pollo vai vir aqui. — Juca, que por algum motivo 'tá com o cabelo todo molhado, chegou na cozinha falando animado.
Bom, começando pelo começo.
Quanto a mim e ao Apollo...posso dizer que as coisas vão bem.
A gente não se viu desde que eu voltei pra SC, mas ele fez a questão de todo dia ficar me enchendo o saco em alguma rede social — fingiremos que eu não gostei, ok?
Digamos que um dia eu estava em ligação com ele e o Juca acabou ouvindo...desde então ele chama o Apollo de "tio 'Pollo", e ele também descobriu que hoje ele — e mais uma boa galera. — vai vir pra cá, afinal, convidei eles pra minha querida formatura.
A Bianca já 'tá aqui faz dois dias e a única que ela fez foi ensinar merda pro meu irmão.
— É assim que se faz meu truta! — Bianca riu fazendo um toque de mãos com o mais novo.
— Por que seu cabelo 'tá todo molhado? — franzi o cenho.
— Eu enfiei a cabeça 'dentlo da água da piscina. — sorriu orgulhoso e eu já semicerrei os olhos em direção a Bia.
— O que?! Eu não fiz nada. — levantou as mãos em forma de redenção e eu apenas continuei a encarando. — 'Tá! Talvez...mas só talvez, eu tenho falado pra ele que quando eu era pequena e ficava calor, eu enfiava a cabeça dentro da piscina pra refrescar.
— Você pode parar de ensinar coisa errada pra ele? — cruzei os braços.
Logo esse moleque se quebra no meio e ninguém sabe porquê.
— Machucar faz bem pra saúde. — soltou essa e eu levantei as sobrancelhas, arregalando um pouco os olhos. — Eu já me quebrei inteira e 'tô aqui, vivissima.
— Óbvio, bicho ruim não morre. — segurei a risada.
