043. | Assumir

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Nossos corpos sempre na conexão
Nossos corpos sabem da nossa intenção
'Cê chegou bagunçando a mente toda.

❛ Nossos corpos sempre na conexãoNossos corpos sabem da nossa intenção'Cê chegou bagunçando a mente toda

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ATHENA

Florianópolis, SC | 23h50min
20 de junho de 2024.

Lembra o papo de que se eu 'tô cansada eu durmo nos primeiros minutos de filme, não importando se eu gosto dele ou não?

Hoje milagrosamente já passou metade do filme e eu ainda estou acordada e em nenhum momento dormi.

Mas eu já estou prevendo que isso vai acontecer daqui a pouco, afinal, já faz uns minutinhos que os meus olhos começaram a pesar.

A única coisa que ainda me impede disso é a mão do Apollo na minha coxa fazendo alguns toques aleatórios. São leves e o problema é que são bem esses que ferram dez vezes mais do que qualquer aperto ou algo do tipo.

Tem uma almofada jogada no meu colo, ou seja, a galera basicamente não 'tá vendo isso...mesmo que eles estejam super focados em soltar altas risadas do filme.

— Sono? — ouço Apollo sussurrar e logo rir fraco.

Não é como se eu tivesse acabado de dar aquela apagada momentânea.

— Para. — ri em mesmo tom, tombando um pouco minha cabeça.

O suficiente pra eu acabar deixando um beijinho no pescoço dele.

— Ai 'cê me quebra, parceira. — soltou um riso fraco.

Pra disfarçar que eu quase morri com esse sorriso de canto apenas dou uma risadinha negando com a cabeça e voltando minha atenção ao filme.

Passando uns minutinhos eu olho de relance para escada e consigo ver um ser 'humaninho parado no último degrau, segurando em uma mão uma mantinha, em outra um ursinho.

Juca.

Que diachos esse moleque 'tá fazendo acordado?

— Já volto. — sussurei enquanto me levantava.

Algumas pessoas tipo o Thiago, Bianca e o Tavin já estão dormindo, ou seja, 'tô em paz pra me movimentar nessa casa sem os três espíritos zombeteiros me atormentando.

Inclusive, o Thiago 'tava era bem confortável com a cabeça deitada na coxa da Bianca. Tavin parece que foi assassinado de tão esparramado que ele 'tá nesse sofá.

Ao chegar perto do mais novo, me acocorei em sua frente para ficar na mesma altura que ele.

— Acordado essas horas por que, Luqueta?

— Você não me deu boa noite. — cruzou os braços e fez uma cara de bravo.

Confesso que me segurei muito pra não soltar uma gargalhada agora. As vezes eu esqueço que, sempre que eu 'tô em casa — ou seja, basicamente sempre — eu tenho que dar boa noite pra ele, caso contrário esse moleque simplismente não dorme.

Olimpo | Apollo MCOnde histórias criam vida. Descubra agora