Spotted Snow

Seda Negra

O resto do dia frio de inverno parecia ter se movido em câmera lenta para a gata. Outra corrida foi feita para os cavalos tomarem um pouco de ar fresco. Perdida em sua própria cabeça. A Condessa cuidando de outros assuntos comerciais para a virada da estação que se aproximava. Não aceitando visitantes, exceto por seu vinho de sangue. A gata ficou do lado de fora o dia todo, entrando apenas para o jantar. Ambas não trocaram uma palavra com ninguém, até mesmo a Dollmaker podia ver que sua irmã mais velha estava ainda mais indiferente hoje. 

A marcha para o meu quarto sob as escadas foi, na melhor das hipóteses, borrada. Sem nem tirar a neve do meu cabelo e ombros, deixando um rastro de neve no meu quarto. Esperando que o mordomo escorregasse enquanto andava de um lado para o outro em sua preciosa porta. Minha porta estava aberta, o que era estranho, mas ao entrar, pude ver roupa dobrada na minha cama. Olhando para minha mochila agora vazia, meu coração se acumulou no meu peito por um segundo. Minha calcinha também estava lá. Sacudindo os pensamentos bobos, coloquei as roupas nas gavetas antes de tirar as roupas de trabalho. Tentando não nevar na minha cama, peguei-as e coloquei-as no banheiro enquanto ligava o chuveiro. O corpo formigava de excitação. 

A Senhora me elogiou. Foi muito bom também, e fui convidada para seus aposentos.

O dia foi jogado pelo ralo enquanto eu esfregava meu cabelo, profundamente até a raiz, amando a sensação das minhas unhas ao longo do meu couro cabeludo. Enxaguando o condicionador do meu cabelo e rabo, saí do chuveiro quase batendo minha cabeça no bar. Pegando minha toalha, enrolei meu cabelo e deixei o resto secar ao ar enquanto voltava para meu quarto depois de escovar os dentes. Tendo deixado algumas das poucas calcinhas que tenho, um short azul-bebê e uma regata. Roupa típica de dormir, menos a camisa. Meias pretas compridas. Tirando a toalha, meu cabelo caiu grosso ao meu redor. Peguei meu relógio logo depois das nove. Optei por não calçar meus slides ou sapatos. Fechando a porta atrás de mim, meus pés de meia não fizeram barulho enquanto eu subia as escadas. 

Aguçando meus ouvidos, ouvi passos de alguns andares acima, mas a maioria da mansão tinha se recolhido para dormir, o grupo de empregadas domésticas andava por aí, mas nenhuma na minha área geral. Começando pelo corredor mal iluminado, senti o cheiro da Lady com facilidade. Deixando que me guiasse pelas escadas sinuosas e corredores longos, atrás de portas enormes conforme eu subia na mansão. 

Ao contornar a última esquina, seu cheiro irradiava ao meu redor, tudo envolvente. Estabelecendo-se em minha pele, colocando meu rabo em posição de sentido. Meus pés abrindo rapidamente espaço entre mim e a porta do quarto dela. Eu podia ouvir seu batimento cardíaco de dentro, firme e forte. Bati silenciosamente, sabendo que ela já sabia que eu estava lá.  

"Digitar." 

Um arrepio percorreu minha espinha, mas limpei minha cabeça o melhor que pude enquanto girava a maçaneta enorme, entrando em seus aposentos. A porta não fez nenhum som quando a fechei. Meus ombros tremeram levemente enquanto me virava. Mantendo meus olhos no chão, me curvei antes de me aproximar, parando bem onde estavam os pelos brancos e felpudos sob sua cama. 

"Senhora", eu disse, mexendo levemente a orelha. 

O deslizar do tecido, o rangido da madeira enquanto a Senhora se mexia na cama. Meus olhos se concentraram ainda mais no chão, captando a fina gravura natural da madeira escura do piso. Minhas mãos atrás das costas, meu pulso firmemente preso na outra mão. O fecho de um sutiã sendo desfeito fez minha mão perder a sensibilidade, dedos se esticando em volta do meu pulso. Outra mudança na cama, o baque suave da peça batendo no tapete.