Spotted Snow

Ranger de Dentes

Os sonhos da gata estavam cheios de escuridão, a caminhada na floresta tinha feito um bom trabalho em refrescar Jasper, trazendo à tona velhas memórias. Memórias dolorosas. Cobertores e travesseiros jogados no chão enquanto a gata se revirava e se agitava, mãos abrindo marcas profundas na parede contra a qual a cama estava encostada. O suor a cobria, seus olhos inquietos sob as pálpebras. Em algum lugar do castelo, a Condessa havia sintonizado os ruídos muito altos da gata. O bater arrebatador do batimento cardíaco do Metamorfo, o gemido das molas enquanto sua grande massa rolava sobre elas. O ranger de seus dentes enquanto ela lutava contra algo em seus sonhos. A Condessa não gostou disso. 

Acordei cansado. Minha mente ainda estava turva com os flashes dos meus sonhos. Sombras escuras, gritos altos e tanto sangue que era tudo o que eu tinha conseguido cheirar. Nem mesmo lembrando que horas eu tinha voltado para dentro, mas as roupas ainda frias e úmidas no chão me deram uma boa ideia de que não tinha sido há tanto tempo. Me mexendo um pouco, senti o pedaço de madeira embaixo de mim, olhando para a parede eu podia ver grandes marcas de garras enterradas profundamente na madeira. 

"Puta merda." Murmurei enquanto passava a mão por eles antes de me levantar, quase tropeçando nos travesseiros.

Xingando, fiz um trabalho rápido de desmontar a cama e sacudir os pedaços de madeira antes de refazê-la. Um banho rápido consistindo em ficar em pé no jato de água como uma estátua. Encontrando alguns papéis e canetas velhos em uma das gavetas da escrivaninha, escrevi uma lista rápida de coisas que precisava da vila. Entre outras peças de roupa, talvez algumas roupas mais bonitas só para ter em mãos. 

A regata preta lutou contra meu corpo enquanto eu a enfiava dentro do meu jeans antes de colocar meu cinto e sapatos. Enrolando meu cabelo em um coque bagunçado, peguei meu relógio e o coloquei no meu pulso enquanto subia as escadas em direção à cozinha. Meus ombros estavam pesados, pés arrastando pelo chão enquanto eu abria uma das portas, 

"Está na mesa distante. Junto com mais um pouco de chá de tutano. Desta vez, ossos de bisão saudáveis." A voz de Sue ecoou sobre os sons estridentes vindos de dentro. 

Ainda me surpreendia que ela sempre parecesse saber que era eu. Agradecendo, me aproximei e peguei o papel de açougueiro e o copo de chá de papel. Fígado de vaca cru, meia cebola grelhada e um pão, embrulhado em um pano. Eu realmente precisava agradecer a Sue, ela já tinha começado a preparar refeições que alguém como eu realmente gostaria. A caminhada até os estábulos foi rápida, novamente pulando para o telhado dos estábulos para sentar de pernas cruzadas para assistir ao sol nascer. 

Desembrulhando o fígado do papel pardo, separando o pão e as cebolas, espalhei tudo. O gosto irônico do fígado combinou bem com o agridoce da cebola grelhada. Logo o café da manhã estava pronto, limpando minhas mãos e boca no pano do pão. Verificando meu relógio, um pouco depois das sete. Pegando meu lixo e pulando dos telhados do estábulo, joguei o papel em uma lata de lixo depois de abrir os estábulos. 

Tendo obtido alguma energia da proteína do fígado, fiquei um pouco mais animado enquanto alimentava os cavalos. Todos pareciam notar que algo estava errado comigo, especialmente Moarte, tendo que suborná-lo com cubos extras de açúcar para entrar em seu estábulo e trocar sua reserva de comida e água. Outra viagem aos palheiros para buscar feno fresco para trocar as camas. Eu tinha ligado o piloto automático neste ponto, chegando perto da hora do almoço. 

Fechando os estábulos, despedi-me antes de tirar o feno das minhas roupas enquanto voltava para a mansão para o meu quarto para me refrescar. Desta vez, coloquei um short, que parava no meio da coxa, e minha velha camiseta de musculação do colégio, deixando meus lados expostos. Um par de slides velhos com algumas meias. Bocejando sem motivo, meu rabo se enrolou em volta do meu tronco enquanto eu caminhava em direção ao escritório da Lady. Não tenho certeza do porquê. Mas eu não a ouvi pela mansão enquanto estava trabalhando.