Spotted Snow

Coragem

A Condessa nunca foi de ter muitas pessoas em seu escritório ao mesmo tempo. Suas filhas ou o ajudante do estábulo não eram o problema. Eram a Sacerdotisa e a tigresa. Era muito óbvio para a Senhora que essa Eesha tinha estado com Jasper em algum momento. Isso fez a Condessa querer trancar a gata na parte mais alta de sua mansão, para nunca deixá-la sair de sua vista. Uma proteção avassaladora de mãos dadas com um furioso senso de reivindicação sobre a gata. Se Jasper nunca mais deixasse a mansão, quem poderia machucá-la? Quem poderia falar com ela? Quem desafiaria sua propriedade sem encontrar o Diabo que espreitava logo abaixo de sua pele, vestindo-a como uma segunda pele. 

Fiquei ao lado da Condessa, não a uma distância respeitosa dela. Eu podia sentir o calor frio vindo dela em massa. O aperto letal que ela tinha no meu ombro também não ajudou nesse aspecto. Ela se recostou contra sua mesa, inclinando-se sobre ela. Assim que Madre Miranda acordou a tigresa, ela fez um pequeno alvoroço com a bagunça do saguão. Estalando o dedo enquanto começava a andar na direção do escritório da Senhora. Eesha seguindo atrás dela. A Senhora tinha ficado grudada em mim depois que eu andei até ela. Dispensando suas filhas com um olhar triste nos olhos. Tendo chegado ao seu escritório, eu nem tive espaço para me mover para o lado para a Condessa ir primeiro. Uma mão grande e pesada vindo para reivindicar meu ombro quase me empurrando na frente dela, mas não longe o suficiente para que eu não pudesse sentir o pelúcia de sua barriga ao longo da minha cabeça. 

Sentadas em uma das poucas cadeiras menores na sala que não eram para o tamanho feminino, estavam Madre Miranda e Eesha. Manchas de sangue seco estavam sob seu nariz, os ossos não tendo se deslocado completamente de volta ao lugar. Hematomas escuros sob sua luva combinavam com os olhos do epicentro de seu nariz torto e quebrado. Minha espinha ainda estava encharcada de medo dessa mulher, ainda mais do que Madre Miranda. No entanto, o aperto firme que a Condessa ainda tem em meu ombro me deu uma sensação de segurança para combater a angústia que corrói cada terminação nervosa do meu corpo. Uma das muitas coisas que tornavam a tigresa tão ímpia e ameaçadora, sua fixação. Quando ela tinha algo em vista, seu corpo se transformava apenas em um meio para um fim, não importava a extensão do dano, ela sempre seguia em frente. Em direção aos seus objetivos finais. 

"Jyāspara. Ma timīlā'ī samātnēchu. Phēri." A voz de Eesha continha a pronúncia verdadeira do meu nome no ar.

Pendurando-o diante das outras duas mulheres como um troféu. O som áspero de sua voz me fez tremer de terror. Senti o aperto da Condessa apertar a ponto de doer, meus olhos forçando seu caminho para longe do rosto largo e sorridente de Eesha, sua testa franzida em um arco presunçoso e conhecedor. Minha cabeça se inclinando para ousar olhar para Alcina em seus olhos, sentindo a queimadura escaldante de seu olhar bem antes de eu encontrar seus olhos. Se um olhar pudesse ter matado, eu estaria morto. O inferno na terra disparou no mar dourado de seus olhos, novamente a ameaça muito real à MINHA própria vida em particular. Eu podia  sentir o gosto de sua intenção assassina. Meus próprios olhos caíram para meus pés instantaneamente. Mordendo o miado patético que queria arrancar da minha garganta. 

"Eu aconselho a não falar com  meu ajudante de estábulo novamente, imundície menor. Você já usou seu segundo perdão. Eu não faço terceiros." O aperto proprietário da Condessa em meu ombro começou a afundar além dos músculos grossos ali até o osso. 

Eu podia sentir a pele ali machucando sob a vasta extensão de sua mão ao longo do meu ombro enquanto ela movia sua mão na parte de trás do meu pescoço. Seu polegar sozinho ocupando a maior parte do lado direito do meu pescoço. Os outros quatro dígitos se espalhando ao longo do meu ombro esquerdo, bem onde ela tinha me mordido mais cedo naquela manhã. Isso me fez ofegar levemente, os olhos ainda olhando fixamente para o chão,