Spotted Snow

Olhos abertos

Enquanto a mente da Condessa estava cheia de apreensão quando ela acordou. O gosto do sangue dos Metamorfos em sua boca. A leve plenitude que ela sentiu em seu estômago. Ter descoberto o que ela fez enquanto estava sob o efeito de sua fúria selvagem confirmou seus pensamentos. A Senhora foi tomada por emoções com as quais ela não lidava há muito tempo, se é que alguma vez. Quando a gata a interrompeu com suas palavras, isso abriu as comportas para a Condessa. A necessidade insaciável de consumir foi atendida com as gatas parecendo ansiar por serem devoradas. 

Eu tinha deixado a Condessa para tomar banho e me vestir no meu quarto. Nenhum de nós confiava em permanecer na presença um do outro depois da nossa conversa. Não havia medo entre nós, apenas um entendimento silencioso de que ambos tínhamos sido muito veneráveis ​​com nossas palavras. Precisando de tempo para organizar nossos pensamentos. Parecia que o mundo inteiro tinha entrado em foco de uma vez. Uma compreensão clara do que eu tinha feito e como eu tinha reagido. Tendo ficado com medo da rejeição da minha obsessão doentia com a dor que a Condessa me deu. A necessidade de ter mais do que meu sangue dentro dela. Deixando minha carne saciar a besta nela. Eu tinha gostado. Adorei até. Todos esses pensamentos giravam em minha cabeça. O fato de eu ter dito isso em voz alta me chocou profundamente. No entanto, meu coração cantou ao saber que a Condessa tinha aceitado. Queria até. 

Meus pensamentos foram interrompidos quando me vi diante do escritório novamente. As pinturas tinham sido penduradas novamente e os livros arrumados cuidadosamente estavam em seus devidos lugares. Cadeira quebrada tendo sido removida. Não foi isso que fez meus pés tropeçarem quando parei diante da porta aberta. Sentada no mesmo sofá estava Daniella. Olhos amarelos gêmeos olhando diretamente para mim, sorriso largo e cheio no rosto. Seu rosto. Eu podia ver seu rosto inteiro! Cabelo ruivo estava ao redor de seu rosto, uma espessa mecha de cabelo branco listrada no lado esquerdo de seu rosto, misturando-se com as mechas vermelhas. Minha boca se abriu. Braços estendidos em meus pés pareciam chumbo, tropecei até ela. Meus joelhos nus encontrando a madeira polida sob o short. Meus olhos observando o resto de sua forma, o branco pálido de seu braço direito estava em seu colo, dedos cruzados com a outra mão em cima. Olhando mais para baixo, a camisa branca de botões que ela usava estava completamente preenchida ao longo de seu lado direito. Ambas as pernas pressionadas contra meu torso enquanto eu me ajoelhava diante dela. Inteira e saudável. Meu lábio inferior começou a tremer e minhas feições se transformaram em puro alívio. 

"Você gosta, gatinha?", Daniella perguntou suavemente, gesticulando com a mão direita para a mecha de cabelo branco. 

Ouvir sua voz depois de tanto tempo fez meu cérebro lutar para processar as palavras, orelhas balançando alegremente nutridas com o som de sua cadência leve. Grandes lágrimas gordas começaram a escorrer dos meus olhos enquanto eu olhava para ela, minhas mãos querendo tocar seu rosto, para ter certeza de que ela estava realmente ali e eu não estava sonhando. Seus olhos se arregalaram, o frio de suas mãos voltou à sua temperatura normal ligeiramente fria. Um contraste tão gritante agora do frio amargo de outro mundo que ela tinha sobre ela antes. Eles pousaram no meu rosto. Minhas costas se curvaram instantaneamente, não querendo que ela se movesse muito para alcançar meu rosto. Um ronronar profundo começou no meu peito.

"Minhas moscas queriam agradecer a você também, sabia? Elas, é claro, não podem falar, mas podem se comunicar comigo através de imagens na minha mente. Me mostrando enquanto eu ainda estava sob meu cabelo, mudando a cor para o branco. Eu gosto. Eu-eu acho que não lembro muito. Mas eu lembro de você. Não importa quando eu voltei por um segundo através do meu processo de cura, eu senti você. Vi você. Você nunca saiu do meu lado, não é, gatinha?"