— Claro. — Nero de disponibilizou, colocando os óculos de grau.
Giovanna não aguentou e começou a rir olhando pra ele.
— O que? O que foi? — Ele olhou para ela sem entender.
— Nada. — Ela balançou a cabeça.
— Eu até tenho esse livro mas meu computador se recusou a ligar hoje.
Giovanna pressionou os lábios um contra o outro.
— Odeio te dar notícias ruins, prof. Você oficialmente precisa comprar outro.
Ele bufou, irritado.
— O que foi? Não imagino que dinheiro seja o problema. — Ela fez a piada depois de conhecer cada cômodo da casa dele.
Alexandre a encarou pelo comentário perigoso.
— Não é isso.. — Ele esfregou a mão pelos olhos, desacreditado que teria que enfrentar isso. — É que só de pensar em ter que ir num shopping, fazer uma compra, aprender a mexer numa coisa nova.. Eu adiei isso por muito tempo mas você tem razão, não dá mais.
— Se você quiser, eu te ajudo. — Ela se ofereceu.
Nero a encarou, como se soubesse que aquilo era impossível.
— O que? Nós já saímos pra tomar um café juntos, eu já fui na sua casa pra ter.. Orientação. — Ela deu de ombros. — Coisas normais e simples da vida. Eles não sabem, Nero. A maldade tá nos olhos de quem vê. Ou seja, tá nos seus.
Ele riu leve.
— Não acho que aparecer no shopping com a minha aluna seja apropriado.
Ela riu, ironicamente.
Mordeu o lábio inferior, desviando os olhos.— Então agora vai ser assim? Vamos tomar cuidado com o que é apropriado o tempo todo? Engraçado, você não parecia estar preocupado com o que era apropriado quando estava em cima de mim.
— Giovanna.. — Ele murmurou olhando ao redor, fazendo um gesto para que ela parasse e abaixasse o tom.
Ela pendurou a bolsa no ombro, e pegou o iPad da mão dele.
— Não preciso de ajuda, eu peço pro Caio. Obrigada. — Ela se afastou, saindo da sala.
Mesmo que ele chamasse por seu nome três vezes.
Quando ela saiu pela porta, ele bufou, irritado consigo mesmo. Aquela situação era absurda, irritante e torturante.
O mau-humor dele perdurou pelo resto do dia. Foi de sala em sala, de aula em aula, incômodo. As brincadeirinhas e sorrisos se foram, e ele realmente ficou mais calado até que as aulas da tarde terminaram.
Pegou suas coisas e foi caminhando através do campus em direção ao estacionamento. Nem sinal dela.
— Nero, Nero.. — Patrícia parou ele no meio do caminho. A professora era uma das que não desistiam de puxar assunto e tentar interagir. — Nós vamos nos juntar, tipo uma confraternização. A gente vai no ruína.. Vem também!
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the tortured poets departament
RomanceNo meio do caminho, tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho...