só por uma noite - charlie brown

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Ela se aconchegou nos braços dele. Encolhida e aninhada ali.
Alexandre estava com as costas apoiadas na cabeceira da cama. A posição não era das mais confortáveis. Ele tinha as pernas esticadas, e as pernas dela estavam por cima. Ela tinha a cabeça deitada em seu peitoral, e ele sequer se movia.
De alguma forma, aquele era o melhor lugar no mundo e ele não faria um movimento sequer que atrapalhasse o enlaçar dos corpos deles dois.

— Tá se sentindo melhor?

— Só tá tudo girando um pouco. — Ela comentou, recebendo cafuné dele. Fechou os olhos, relaxando.

Se perdeu no cheiro dele de tão de perto.
Roçou o nariz pela clavícula dele, querendo se aproximar. Deu um cheirinho no pescoço dele, e percebeu quando o corpo dele se arrepiou por completo.

Gio. — Ele riu baixo. — Assim não. — Ele implorou.

Já estava tendo autocontrole demais desde que tinha tirado todas as roupas dela para ajudar com o banho. Quer dizer, não tinha feito nada com isso, mas tinha ficado excitado. A saudade dela era tanta, a situação toda desconfortável.. Que era capaz dele conseguir se excitar com um aperto de mão, o que dirá um cheirinho no pescoço.

Ele não sabia explicar e muito menos controlar. Ela era linda, cheirosa, gostosa. Ele sabia muito bem como as coisas eram na cama, então qualquer pequeno movimento vindo dela.. Trazia um mar de lembranças. Lembranças muito, muito gostosas.

— Você quer se casar comigo? — Ela propôs, se sentando no colo dele. Deixou uma perna de cada lado do corpo dele.

Movimento errado, Giovanna. Isso não é coisa que se faça sem calcinha, só com a camisa social do seu professor.

— Se eu quero? — Ele riu baixo, nervoso. Engoliu a seco, descansando a mão na cintura dela. — Tudo que eu mais quero é isso. Só não sabia que você pensava nisso. Achei que fosse te assustar se te pedisse.

Ele passou a mão pelo cabelo dela, colocando a franja dela atrás da orelha, porque o impedia de ver seu lindo rosto.

— Se eu fosse sua esposa eu acho que todo mundo me respeitaria. Mesmo que soubessem sobre nós na universidade.

Ele deu um sorrisinho.

— Gio.. Para de ficar falando essas coisas. — Ele implorou. — Amanhã você vai acordar e não vai se lembrar de mais da metade delas, mas eu vou.

— Tô te incomodando, Nero? — Ela se preocupou, fazendo carinho no cabelo dele.

— Você não me incomoda nunca. Tudo que eu mais quero é você aqui comigo me dizendo esse tipo de coisa, me tocando desse jeito. Mas o cheiro de álcool na sua boca me lembra que é tudo momentâneo. Toda vez que eu começo a ficar bem, e me acostumo com a sua ausência.. Você volta e não deixa. Não tô reclamando, eu quero mais é que você não deixe mesmo. — Ele confessou.

Ela deu uma risadinha.

Casa comigo então, Nero. — Ela pediu num sussurro, encostando a testa na dele.

Ele ria, porque ela ignorava todos os pedidos dele de que se controlasse.

— Caso, meu amor. Quantas vezes você quiser. — Ele afastou o rosto, passando as mãos pelo rosto dela, jogando o cabelo todo para trás.

— Imagina acordar um dia e eu ser sua mulher.

Ela se aproximou, beijando a boca dele, na maldade. Estava se insinuando, tentando começar algo, ele sabia.

Alexandre segurou o pescoço dela, e beijou Giovanna com delicadeza, tentando manter ela um pouco mais afastada.

— Por que você não vai dormir um pouco? — Ele ofereceu, quebrando o beijo e tentando estragar o clima gostoso que se formava ali.

the tortured poets departamentOnde histórias criam vida. Descubra agora