um anjo do céu - maskavo

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Alexandre chegou em casa depois das aulas e foi correndo pro quarto depois de deixar suas coisas no escritório. Subiu as escadas como um foguete, entrando à esquerda.

Ela estava deitada na cama, assistindo televisão. Toda encolhidinha. As dores ja haviam passado, mas ela não tinha como voltar a rotina de antes. Pelo menos não agora.

Alê. — O rosto dela se iluminou com um sorriso assim que ela o viu chegar.

A pior parte do dia era quando ele tinha que ir dar aulas. Irônico, já que era assim que tinham se conhecido.

Oi, meu amor. — Ele a cumprimentou com um selinho, sentando na beira da cama. — Ai meu Deus, que saudade do meu papai. — Ele comentou, levantando a camisola dela na área da barriga, indo imediatamente depositar um beijo ali.

Tentou não se distrair com a escolha da lingerie. Ele definitivamente se surpreendeu com a calcinha super cavada que ela usava. Era muito sugestiva.

Nem machucada ela parava de ser deliciosa.
Nem parava de atormentar a cabeça dele.

Giovanna riu baixo acariciando os cabelos grisalhos.

— Por que eu tenho impressão de que a primeira palavra desse neném vai ser "papai" e não "mamãe"?

Ele repousou a cabeça encostada na barriga dela, sorridente.

— Porque eu sou irresistível. — Ele brincou.

O corpo dela já estava definitivamente melhor, ele não perdia a oportunidade de analisar minuciosamente. As marcas dos machucados estavam quase desaparecendo, e o mais importante era o bebê, que estava bem, contra todos os indícios.

Assim que Alexandre contou para ela a situação, Giovanna passou a se dedicar dez vezes mais em sua recuperação. Quando não tinha vontade de comer, ela se forçava, por causa do bebê. Se mantinha positiva, tendo agora um motivo a mais para estar bem.
E que motivo.

— Mas eu acho que com uma mãe dessas é absolutamente impossível o bebê não acabar falando mamãe primeiro.. — Ele flertou, sorridente. — Você ta bem? Ficou bem sem mim? — Ela sentiu o carinho em sua bochecha.

— Quatro ou cinco horinhas sem você por dia, Nero. Eu sobrevivo. — Ela garantiu, não querendo que ele se preocupasse.

— Eu imagino que você tenha morrido de saudade. Acho até que chorou. — Ele brincou.

— Demais. — Ela foi na onda. — Por mim eu ficaria o dia todo agarrada em você, você sabe disso. — Ela foi sincera, puxando a gola da camisa dele, trazendo ele para um beijo.

Um beijo com segundas intenções.
Que ele cortou, se afastando

— Preciso tomar um banho. Você já jantou?

— Sim, senhor. — Ela fez que sim com a cabeça. — A Eli não me deixa em paz enquanto eu não me alimentar.

Ele riu baixo se levantando e desabotoando a camisa.

— É pra isso que ela é paga.

— Pra me atormentar? — Giovanna estranhou.

— Exatamente. Até você fazer todas as refeições por livre e espontânea vontade sem que eu precise me preocupar. — Ele riu. — A polícia te contatou?

Ele conversava distraidamente enquanto caminhava pelo quarto se despindo e indo em direção ao banheiro do casal. Giovanna se levantou e foi até a porta do banheiro, curiosa.

— Não. Por que? O que foi?

Ela foi presa junto com o filho dela. — Alexandre ligou o chuveiro, dando os updates da madrasta enquanto tomava banho.

the tortured poets departamentOnde histórias criam vida. Descubra agora