Ele cuidou do café da manhã, deu carona até a Gazeta. Voltou para a casa e cuidou das pesquisas, programou as aulas e partiu em busca dela mais uma vez, para que pudessem ir para a universidade juntos.
Ele tinha mandado mensagens e ligado para ela durante o dia como jurou que faria. Giovanna estava bem, não perfeita.
Ela levou as coisas mais tranquilas enquanto pôde, como tinha prometido. Naquelas roupas de sempre ela conseguia esconder as marcas no abdômen, e todo mundo havia recepcionado ela com muito carinho.
Ela era muito boa e muito querida por todos seus colegas de trabalho.— Ganhou presente? — Alexandre estranhou a sacola na mão dela.
— Ah, é. O Henrique.. Sabia que hoje seria meu primeiro dia e me deu um perfume. — Ela comentou como se não fosse grande coisa.
Deixou a sacola no banco de trás, e ele tentou não dar muita importância para isso enquanto dirigia.
— Como foi seu dia hoje, meu amor? — Ele descansou a mão na coxa esquerda dela, acariciando, enquanto não tirava os olhos do trânsito.
— Mais cansativo do que achei que seria. Acho que estou fora de forma. — Ela riu leve. — Não sei como eu fazia tanta coisa num dia só.
— Tá tudo muito recente, amor. Sem contar que você tá grávida também. Almoçou? — Ele olhou para ela, desconfiado.
— Como eu não ia almoçar? Você enviou o almoço que pediu no aplicativo! — Ela riu, achando absurdo.
— Eli tá fazendo comida pra você levar. Assim, você não vai pular nenhum dia como você costuma fazer. E aí ela também coloca bastante coisinha saudável, pro bebê, sabe.
— Sei. — Giovanna revirou os olhos. — Você sabe que eu sou uma mulher adulta que sabe se virar, não é?
— Você sabe se virar, mas não sabe se cuidar muito bem. Então eu cuido. Até você me provar que consegue cuidar de si mesma sozinha, e aí eu prometo que eu paro.
— Você nunca conseguiria parar. — Ela o desafiou, rindo.
— Não mesmo.
Eles tinham estacionado e agora saiam do carro em direção a porta de entrada.
— Mas isso é porque eu te amo muito, mas muito mesmo. — Ele roubou um selinho. — E vamos nos casar pra ficarmos bem velhinhos juntos e eu cuidar de você até morrer, oras. É pra isso que as pessoas tem seus relacionamentos.
Ela riu, achando fofo.
O assunto casamento tinha sido adiado com tanta coisa acontecendo, essa era a primeira vez que ele mencionava.— Boa aula, amor. — Ela beijou o rosto dele, se despedindo.
— Te vejo na terceira aula. — Alexandre piscou para ela que já estava distante a esse ponto.
Ela deu uma risadinha, gostando do flerte.
Voltou para a sala como se nada tivesse acontecido, mas os olhares eram distintos. Graças a Deus Alessandra tinha transferido e estava ali com ela.
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the tortured poets departament
RomanceNo meio do caminho, tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho...