Alexandre assistia enquanto ela dormia pacificamente ao seu lado. Giovanna combinava com sua casa.
Seu cheiro. seu sorriso, sua risada. Até as músicas que ela ouvia — que ele não conhecia nenhuma. Era quase como se ela complementasse tudo ali. Combinasse com a decoração, com a energia.Ele por muitas vezes olhava para ela pensando a mesma coisa de sempre: como uma total desconhecida tinha conquistado um espaço tão grande em tão pouco tempo?
Como uma atração física tão intensa tinha se tornado na coisa mais precisa que ele tinha?
Ele simplesmente não conseguia se lembrar de outra coisa tão preciosa quanto a existência dessa garota em sua vida.Se não a via, ficava incômodo.
Se não dormiam juntos, eles não conseguia descansar.
Sentia saudades.
De uma forma tão intensa, que as vezes ligava para ela só pra escutar sua voz.Em todos os anos de vida que tinha, jamais tinha experimentado algo desse nível.
Estava toda descabelada, os lábios ainda inchados pela noite anterior. A barba com certeza estava machucando ela um pouco.
Ele desenhou os mesmos com o polegar, levemente. O sono dela era tão pesado, que ela nem sequer se moveu.
Ele tinha deixado leves marcas em sua pele, sem querer. Não conseguia evitar. Adoraria conseguir ser mais delicado, mas por enquanto não conseguia. Não ainda. Com Giovanna, era tudo extremamente erótico e repentino. Ela o provocava e em poucos segundos ele se sentia louco por ela. O desejo de possuir aquela garota era maior do que tudo, a ponto de deixá-lo cego.
— Tá na hora de acordar, garotinha. — Ele sussurrou inclinando o corpo na direção dela, beijando seu rosto em diversos lugares.
Chegou bem pertinho da boca dela, e viu quando Giovanna automaticamente fez um biquinho esperando um beijo matinal.
Ele riu, cedendo.
— Vamos sair pra tomar café da manhã? — Ele convidou, e Giovanna abriu os olhos preguiçosamente.
— Achei que não pudéssemos sair em público. — Ela esfregou o olho esquerdo, com muita preguiça. Mal conseguia permanecer de olhos abertos.
— Minha mulher tem vinte anos. Se eu trancar ela em casa.. Acho que ela não vai aguentar de tanto tédio. — Confessou.
Giovanna deu uma risadinha, agarrando o professor pelo pescoço nu. Ela virou o corpo, enlaçando a coxa no corpo dele.
— Se você me mantiver bem entretida eu não vou conseguir ficar entediada..
Ele deu uma risada baixa.
— Você acabou de acordar. Que tesão é esse que não acaba nunca?
Giovanna deu de ombros.
— O problema é você. — Ela acusou.
— Ah, sou eu? Eu tô sossegado, te convidando pra tomar café da manhã.. Pensando num momento mais romântico, só eu e você.. — Ele tentou explicar.
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the tortured poets departament
RomansaNo meio do caminho, tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho...