chasing pavements - adele

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Giovanna dirigia do trabalho para a faculdade, com a mãe no viva voz

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Giovanna dirigia do trabalho para a faculdade, com a mãe no viva voz. Com a correria do dia a dia, era difícil ter tempo. Principalmente quando o pouco de tempo que ela tinha livre, queria dedicar a um ser humano em específico. Alexandre Nero.

Com ele, as horas voavam.
Ela se esquecia do telefone.
Eles se divertiram tanto juntos, que era absurdo.
Faziam amor, ele tocava o violão, ajudavam um ao outro no trabalho.
Faziam jantares românticos, iam visitar restaurantes diferentes explorando todos os cardápios e dando notas até descobrirem os melhores restaurantes de Curitiba.
Planejavam o futuro dos dois e quase sempre o nome "Rio de Janeiro" saia.

Era muita coisa pra processar.
Giovanna, como ele tinha previsto, crescia mais e mais dentro da Gazeta. Agora, tinha sua própria coluna e era assistente de roteiristas.

Ela iria se atrasar para a aula da faculdade se o trânsito não colaborasse, mas não sentiu tanto assim. Pelo menos, tinha tempo para conversar com sua mãe.

— E no final acabamos denunciando ela pra faculdade e ela foi expulsa. Ainda bem que eu tinha o tal do vídeo. — Giovanna contava a fofoca.

Sabia que sua mãe não aprovava eles dois, mas sua mãe era absolutamente tudo que ela tinha. Ela faria Lilian fazer parte daquilo tudo, ela querendo ou não.

— Deve ser difícil fazer uma denúncia dessas. — Foi o único comentário vindo por parte da sogra de Alexandre.

— Ele não queria.. Mas.. Tava me incomodando muito. Ele faz absolutamente tudo por mim, então não pensou duas vezes. Ela tava ficando obcecada já, mãe. Não tava legal.

— Que bom ouvir que ele faz tudo que você quer, filha.

Giovanna sorriu leve.
Um silêncio pairou no ar.

— Ok, o que é que você não está me contando?

— A gente conversou sobre casamento, algumas vezes. E eu.. Não sei, mãe. Não sei se eu devo falar disso com você, esquece que eu mencionei. Eu não quero que você fique brava com ele. Você já não apoia meu relacionamento.. Eu não posso ficar te contando nossas dificuldade senão você vai morrer odiando ele.

— Eu não vou fazer nada, Giovanna. Acima de tudo eu sou sua amiga, lembra? Eu te criei pra gente ter confidências e não quero que você esconda algo importante por medo de ser julgada. Eu sou sua mãe. Sempre fomos eu e você quando o papai não estava por perto. E eu sei que eu tô longe, mas de alguma forma.. Eu estou com você, minha bebê. Me conta o que é que está acontecendo que está de angustiando. quem sabe eu possa te ajudar.

Giovanna puxou o freio de mão.
O trânsito não estava indo a lugar nenhum mesmo, assim ela poderia gesticular com o volante e bater ali enquanto conversava.

— Ele passou todos esses anos sem se casar e eu entendo que talvez haja algum tipo de restrição quanto a isso. Mas ele começou esse assunto de casamento comigo! Partiu dele! Mas até hoje ele não se controla quando os comentários de casamento surgem, sabe? Tipo.. Ah, por isso eu não me casei até hoje. É isso que o casamento faz.. Numa conotação negativa.

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