— Mãe? Você já chegou? — Giovanna abriu a porta, assustada.
— Que isso, filha? Parece até que viu um fantasma! — A mulher chamou a atenção dela. — Cadê meu abraço?
Giovanna a abraçou e fechou os olhos sentindo o carinho da mãe. Morar longe dela era a coisa mais difícil que já tinha feito em toda sua vida, já que elas eram tão grudadas.
— Que saudade. — Giovanna admitiu.
— E eu de você, meu amor. Escuta, cadê o seu gato da universidade? Eu tô tão curiosa..
A mulher foi entrando e olhando ao redor.
— O Ale acabou de sair pra comprar as coisas pro café da manhã..
— Por isso você ainda tá de camisola, né? Estavam na cama até agora. Ai garota.. Só você!
Giovanna seguiu a mãe que já estava na cozinha passando o café. Pegou o celular e mandou mensagem avisando para ele que a mãe tinha chego antes do previsto, ou seja, que precisavam de mais coisas para o café.
Ela deu uma risadinha pro telefone quando ele respondeu que talvez recriasse o clássico do pai que ia comprar cigarro e não voltava mais. Agora seria o namorado que iria para a padaria comprar pão e não voltaria mais.
Realmente, a situação era no mínimo
delicada.— Me conta tudo desse garoto! To curiosa. Ele é da sua sala?
Giovanna ergueu as sobrancelhas surpresa com os comentários. Não tinha dito muita coisa para sua mãe quando estava em Curitiba, só tinha dito que tinha conhecido alguém na universidade.
— Bom, tecnicamente sim. — Ela gaguejou sem saber por onde começar.
— Quantos anos ele tem? Ele é de Curitiba ou é como você que só está lá para estudar?
Giovanna abriu a boca sem conseguir dar muitas respostas.
— Mãe..
A mulher a olhava ansiosa esperando detalhes.
— Ele é meu professor. — Ela falou de uma vez.
Lilian franziu o cenho tentando digerir a informação.
— Ah. — Ela mudou a postura, surpresa pela novidade. — E.. Tudo bem? Vocês namorarem? A universidade permite?
Giovanna pressionou os lábios.
— Amm.. Provavelmente não. Mas nós não perguntamos pra ninguém se estava tudo bem. Só.. Aconteceu.
A mulher serviu sua xícara de café depois de dar uma para a filha.
— .. sei..
O silêncio esquisito que ficou no ar era um indício de que as coisas não seriam fáceis mesmo. Alexandre tinha toda a razão.
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the tortured poets departament
RomanceNo meio do caminho, tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho...