Ela estava saindo da redação. Pela primeira vez, tudo estava terminado a tempo e não havia necessidade da mesma correria de sempre pra aula.
Ela ouviu quando Daniel, diretor da redação, a chamou.
— Queria te apresentar o Evandro Sales, Gio. Ele pirou na sua matéria e queria muito te conhecer.
— O Evandro Sales? — Os olhos dela arregalaram assim que ela ouviu o nome.
O mundo do jornalismo era assim. Todos se reconheciam pelo nome, mas não pelo rosto.
— Giovanna Antonelli! Que prazer te conhecer. Eu tenho acompanhado seu trabalho através do Daniel.. Que talento!
Giovanna gaguejou apertando a mão dele de volta.
— Uau. Muito obrigada, nossa. Significa muito vindo de você! Eu e meu marido somos grandes fãs do seu trabalho também. A gente sempre lê tudo que vem de você.
— Tão novinha e já é casada?
— Ela é esposa do Nero. — Daniel explicou, com casualidade, como se os dois se conheceram.
— Nero? O Alexandre?? Caraca, fizemos faculdade juntos!
Daniel assentiu.
— O próprio.
— Que bacana! Manda um abração pra ele por mim. Diz pra ele aparecer qualquer dia.
— Ele deve estar no estacionamento. Ele sempre busca a Giovanna para irem pra universidade juntos. Chama ele ai, Gio! — Daniel pediu.
Giovanna checou o horário. Dava realmente mais do que tempo dessa social acontecer.
— Ah, claro. Ele vai adorar. — Disse ela, buscando o telefone no bolso da calça jeans.
Em poucos minutos Alexandre saiu do elevador indo em direção a eles que estavam ali tomando um café e conversando ao lado da sala de Daniel.
— Amor. — Cumprimentou ele antes de tudo, dando um selinho em Giovanna. — E ai, cara? — Ele apertou a mão de Daniel, completando com um braço. — Evandro. querido! — Direcionou o mesmo cumprimento ao próximo.
— Alexandre o grande. — Evandro brincou, cumprimentando de volta. — Cara, quanto tempo!
— Não é? Nem me diga, muito tempo mesmo. Mas eu e Giovanna continuamos te acompanhando de longe. — Alexandre fez um gesto apontando a esposa com a cabeça.
— Ela me falou. Pô cara, some não! Você ta onde agora?
— Não parei mais de dar aulas, cara. Não consigo, é minha vocação.
Evandro riu.
— Nem preciso perguntar onde vocês se conheceram, né.
Alexandre enganchou o braço esquerdo no pescoço de Giovanna trazendo ela mais para si e beijando sua bochecha.
— Ela é minha aluna favorita.
— Tá de parabéns, Nero. Escolheu a dedo. Claro que você não poderia escolher diferente pra se casar, com certeza seria alguém tão talentoso quanto você.
VOCÊ ESTÁ LENDO
the tortured poets departament
RomantizmNo meio do caminho, tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho...