— Que ideia foi essa de cerimônia intimista, Giovanna? — Alessandra faltou alto, irritada.
— Fala baixo! — Giovanna chamou a atenção dela, olhando ao redor. — Amiga, a gente só quer se casar de uma vez. A gente já mora junto há uma eternidade.. E a gente não aguenta mais esperar.
— Esse era meu momento de ter tempo pra planejar surpresas! — Alessandra reclamou. — Sabe? Fazer um baita festão, convidar a Marina pra ser madrinha. Fazer uma retrospectiva, um discurso!
Giovanna ria olhando para ela.
— Amiga, eu podia não estar aqui. A gente podia não estar esperando um bebê. São tantas coisas que podiam ter dado errado, a gente só quer viver junto e feliz pra sempre de uma vez. — Giovanna suspirou, finalmente colocando pra fora. — A gente tem urgência um do outro. E de qualquer forma, não me imagino convidando os alunos dele pro casamento. São nossos familiares, você e o Rodrigo de padrinhos.. Na igrejinha onde os pais dele se casaram. Eu vou estar de branco, vou dizer sim, e no final da noite eu vou ser Giovanna Antonelli Nero. É literalmente só isso que me importa.
Alessandra balançou a cabeça negativamente, indignada.
— Tantos imóveis do seu pai! Dava pra vender e fazer um puta casamento. Uma baita lua de mel! — Ela comentava, irritada.
— Eu não falei nada sobre abrir mão da lua de mel. Isso a gente não negocia. — Ela riu. — Eu não sei te explicar essa necessidade absurda que a gente tem um do outro. É uma maluquice sem fim. Quando você amar alguém você vai entender.
Giovanna notou que Alessandra já não prestava atenção no que ela dizia porque acompanhava Rodrigo Lombardi passando pelo corredor.
— Ou talvez já esteja começando a entender.. — Giovanna falou sozinha. — Por que você não vai combinar com ele alguma coisa com a desculpa do casamento? Vocês podem sair pra comprar roupas juntos, sei lá. Planejar uma despedida de solteiro na sexta-feira.
Alessandra riu.
— Eu detesto ir até ele. Sei lá, Gio. Não acho que ele tá emocionalmente pronto pra alguma coisa.
— O que aconteceu com a Alessandra desapegada que nunca se preocupou com as emoções?
— Ela tá andando demais com a amiga maluca dela que vai se casar em quatro dias. — Alessandra revirou os olhos. — Sua mãe já sabe?
— Tudo está devidamente organizado.
— Porque literalmente não tem quase nada pra eu organizar.. Sendo que eu sou a madrinha! Vocês são completamente malucos!
Giovanna deu risada.
— E a lua de mel?
— Vamos esperar as férias. Ele já ficou bastante tempo ausente por conta do acidente, eu também..
— Não acredito que vocês vão se casar num dia acordar e limpar a casa no outro. — Alessandra escondeu o rosto nas mãos completamente decepcionada.
Giovanna só sabia rir. Fez carinho no braço da amiga acalmando ela.
— O que tá rolando aqui? — Lombardi puxou assunto.
O pessoal estava no intervalo e ele tinha cansado de rondar as duas. Ele sempre arrumava qualquer desculpa pra chegar até Alessandra.
— Alessandra tá em negação sobre meu desejo de ter um casamento pequeno e relâmpago. — Giovanna foi sincera. — Você pode ajudar ela a digerir a informação? Preciso pegar a chave do carro com o Ale..
— Sim, senhora Nero. — Lombardi brincou, se sentando ao lado de Alessandra, no lugar de Giovanna que agora estava de pé.
Giovanna foi até a porta da sala dele e bateu.
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the tortured poets departament
RomanceNo meio do caminho, tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho. tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho...