lisboa - anavitoria, lenine

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Quando ela acordou, o sol já tinha invadido o quarto por completo

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Quando ela acordou, o sol já tinha invadido o quarto por completo. Ela se apressou indo ao banheiro e fazendo a higiene matinal o mais rápido possível. Colocou as roupas da noite anterior, e desceu as escadas com o salto e a bolsa cheia de brilhos em mãos.

O barulho vindo da cozinha era indicativo de que ele fazia o café da manhã.

Giovanna parou na porta e engoliu a seco. As costas dele estavam arranhadas, muito arranhadas. Marcas da noite deliciosa que tinham passado juntos.

— Ah, você acordou. — Ele sorriu para ela. — Bom dia, flor do dia. Café?

— Eu.. Eu preciso ir embora.

— Toma um café comigo, vai. — Ele disse tranquilamente, apontando a mesa que preparava pros dois.

— Não, eu preciso ir embora agora. — Giovanna engoliu a seco.

Alexandre a olhou, percebendo como ela tinha mudado da água para o vinho.

— Tudo bem, eu te levo.

— Eu já pedi o uber. — Giovanna foi até a sala e se sentou no sofá calçando os saltos.

Ele não teve outra atitude senão segui-la até ali.

— Por que essa pressa toda pra ir embora, Giovanna? — Ele estranhava tudo. A cada momento que passava, ela parecia mais esquisita.

— Alexandre, eu não devia ter vindo aqui. Não devia ter ligado pra você, não devia ter dormido com você. Foi tudo uma série de erros.

Ele cruzou os braços, respirando fundo.

— Por que?

— Porque eu não quero isso pra mim. — Ela disse, sem paciência. — Eu já te disse, que saco. Para de insistir.

— Giovanna. — Ele agachou na frente dela, pegando o salto do pé esquerdo da mão dela. Ela já tinha calçado o da direita. — Olha pra mim. Não é possível que você esteja falando sério depois de tudo que você me disse ontem a noite.

— Eu estava bêbada. Nada do que eu disse deve contar, até porque, eu sequer me lembro. — Ela tirou o salto da mão dele, enquanto ele continuava olhando para ela.

— Você não se lembra? De nada? — Ele duvidou.

— Não.

— De nada que nós conversamos? De nada do que fizemos?

Ela respirou fundo. Ele não desistiria nunca.
Precisava por um ponto final naquela loucura de uma vez por todas.

— Por que você não me deixa em paz, hein? Ok, eu te liguei. Vamos colocar a culpa em mim e aí eu finjo que você não se aproveitou do fato de que eu estava completamente bêbada pra transar comigo. Agora me deixa ir embora, me deixa em paz. Que saco!

the tortured poets departamentOnde histórias criam vida. Descubra agora