escada do prédio - pedro sampaio, marina sena

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Ela acordou e viu ele agarrado ao corpo dela, quase como se ela fosse fugir. Riu baixo, ajeitando o corpo na cama, se encostando na cabeceira. Alexandre continuava abraçado na cintura dela, deitado com a cabeça na barriga de Giovanna. Dormia pacificamente, depois de uma noite muito movimentada. Eles não conseguiam soltar um ao outro, e todas as vezes que as coisas se acalmavam, acabavam pegando fogo em segundos.

Ela fez cafuné nos cabelos grisalhos. Sentia tanta falta de acordar assim, com ele. E percebia pela forma como ele estava agarrado nela que ele também sentia muita falta dela.

Amor.. — Ela sussurrou, tentando acordar ele. Desceu o carinho pelos ombros e costas dele. Ele nem se mexia.

Alexandre olhou preguiçosamente para ela, confuso e sonolento.

— Deixa eu ir fazer café da manhã pra gente? — Ela riu baixo, pedindo permissão. Os braços fortes enlaçados nela não a deixavam sair.

— Fica aqui comigo mais um pouco. — A voz rouca falou por primeira vez.

— Eu só vou fazer o café da manhã e eu volto pra ficar a manhã toda assim com você. Prometo. — Ela sussurrou, passando os dedos pelos fios grisalhos.

Ele suspirou, virando o rosto em direção ao corpo dela. Sua boca estava próxima da barriga desnuda da garota, então depositou beijos molhados ali mesmo.

Ela riu baixo admirando a cena. Sentiu arrepios assim que a boca dele desceu demais, para perto da barra da calcinha.

— Tudo isso é saudade? — Ela murmurou, surpresa com ele mal acordando e já indo ali. Normalmente. quem tinha esse fogo todo era ela.

— Você ofereceu o café da manhã, Giovanna. — Ele murmurou, se colocando no meio das pernas dela.

— Não era disso que eu tava falando. — Ela sussurrou, se sentindo enfraquecer pela visão.

Poucas coisas eram tão boas quanto ter Alexandre Nero no meio de suas pernas de manhã.

— Vai recusar? — Ele a encarou.

— Eu jamais faria isso, você sabe. — Ela sussurrou. — Ainda estou em dívida com você.

Ela assistiu enquanto ele deslizava o dedo por cima da calcinha, marcando o pano nas curvas de seus lábios. Estavam os dois e o quarto cheirando a sexo, porque era só isso que tinham feito nas últimas horas. Talvez fosse a sensibilidade por ter gozado tanto, ou talvez o fato de estar um pouco inchada depois de tantas rodadas. Cada toque dele, era o fim dela.

Alexandre beijou a parte interna da coxa de Giovanna, que prendeu a respiração automaticamente, contra sua própria vontade.
Ela contraiu o corpo na cama, e soltou o ar relaxando quando ele finalmente afastou a boca dali.

Assistiu enquanto Alexandre mordia o pano que estava em seus lábios, e olhava para ela cheio de desejo.

— Só achei que você estivesse cansado. — Ela sussurrou, já completamente entregue. Excitada.

— Disso aqui? — Ele murmurou, esfregando a boca por cima da calcinha dela, dando um cheiro ali e logo gemendo de prazer. — Nunca.

Ele se ajoelhou na cama entre as pernas dela, puxando a calcinha para baixo. Segurou as pernas delicadas no ar, facilitando a remoção da peça de roupa.

— Tira o sutiã. — Ele pediu, voltando a se deitar no meio das pernas dela. — Faz parte da reconciliação. Você tá proibida de usar roupas até segunda ordem.

Ela deu uma risada baixinha e o obedeceu.

— Como o senhor quiser, prof. — Disse ela, finalmente nua, com as pernas abertas para ele e encostada na cabeceira da cama. — Tá bom assim? Pro senhor me perdoar, claro.

the tortured poets departamentOnde histórias criam vida. Descubra agora