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Pela manhã, no apartamento tudo estava agitado como de costume. Dulce estava se vestindo para ir à escola e queria estar impecável como sempre.
Tomou um banho, ficou meia hora se maquiando e revendo os detalhes que para ela eram indispensáveis. Quando finalmente estava pronta, saiu de seu quarto com o uniforme do Colégio Elite Way.

Ao fechar a porta de seu quarto, Dulce esbarrou com Mateus, seu irmão caçula.

- OLHA POR ONDE ANDA, FEDELHO! - Dulce berrou.

- Ih, começou. Você anda muito estressada ultimamente, Dulce. - Mateus disse.

- Eu era calma, antes de você nascer.

Quando Mateus ia partir pra cima da irmã, a mãe deles Blanca, entrou no meio de ambos.

- Mais que coisa! Será que nunca aprenderão como viver como pessoas civilizadas?

- Quando a senhora arranjar um adestrador pra ele sim, mamãe.

Quando Mateus abriu a boca para responder, seu pai Fernando entrou na sala de jantar e ele preferiu se calar.

- Bom dia, amor. - Blanca sorriu olhando para Fernando.

- Bom dia minha vida. - Fernando se aproximou e deu um selinho em Blanca e em seguida se sentou. - Bom dia filho, bom dia filha.

- Bom dia, papai. - Dulce disse.

- Bom dia! - Mateus respondeu.

- Então, como está indo o trabalho? - Blanca perguntou ao marido.

- Muito bem, mas ainda falta prender vários elementos.

Os pais de Dulce eram pessoas da Lei. Sua mãe era Juíza no fórum da cidade e seu pai era delegado. De certa forma, estavam sempre ligados pois Fernando prendia e Blanca definia os anos que o sujeito passaria preso.

- Entendo... espero que consiga logo.

Fernando era muito carinhoso com seus filhos e principalmente com sua esposa. Estavam casados havia 23 anos, resultando Dule que tinha 18 e Mateus de 15. Eram o que poderiam dizer, uma família muito feliz.

Dulce olhava pros pais e suspirava, fazendo sua mente perguntar a sí mesma se um dia ela encontraria um amor assim, que cuidasse dela com tanto carinho e a protegesse de todos os maus em volta. Dulce queria viver uma história de amor, mas achava que isso era coisas de novelas e conto de fadas.

- O que houve filha? - Fernando perguntou passando a mão na cabeça de Dulce.

- Ahm? Ah, nada pai. Me distraí com alguns trabalhos do colégio.

- Hum, e como anda o Colégio. É seu último ano e suas notas não estão lá grande coisa, sorte que o segundo bimestre começou agora então dá tempo.

- É, pai. Eu sei. Mas não acho que média 6 seja tão ruim assim.

- Filha, você precisa aprender a querer mais e mais. Não estou dizendo para ser gananciosa, mas para pensar no seu futuro. Você deseja ser jornalista, certo? Pois bem, você precisa lutar por isso. Quer mais e mais.

- Eu sei pai... prometo que no próximo boletim, o senhor só verá 8, 9 e 10!

- Assim que eu gosto.

- Sim! - Mateus riu. - 8, 9 e 10 a baixo de 0!

Dulce quis dar um tapa na cabeça de seu irmão mas preferiu fazer outra coisa.

- Ah é, Mateus? Por que não mostra seu boletim do primeiro bimestre ao papai, hein? Aqueeeeele boletim que tá dentro da sua mochila e você disse que ainda não havia chegado.

Mateus engoliu seco e olhou para Dulce com olhar de "eu te mato".

- Depois eu quero ver esse boletim, Mateus! - Blanca disse.

- E eu também. Bom, podemos ir?

- Claro... até mais, mamãe e papai. - Dulce se despediu, saindo e indo para rua, pegar um táxi para ir ao colégio.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora