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Aquela era uma prova que Christopher deveria passar. Blanca havia decidido esconder aquilo para ele acabar tendo uma surpresa no final de tudo. Veria que sua noiva e filha estavam viva, e acabaria vivendo por elas, esquecendo totalmente seu passado e vivendo em frente sem aquela vida de antes. Era melhor assim, ela pensava.

Christopher voltou para a cela com um sorriso no rosto. O mesmo sorriso de um ano atrás, quando sentiu algo grandioso acontecer dentro de seu coração.

- Quem era, cara? - Caio perguntou, com curiosidade.

- Era a Blanca, mãe da Dulce .

- E o que ela queria?

- Veio me ver. Ela está cuidando do meu caso.

- Sei, e só por isso você está sorrindo assim? - olhava para Christopher com mistério.

- Na verdade não.

- Então por quê?

- Ela trouxe uma garotinha com ela, sabe...

- Quem? Blanca?

- É, poxa.

- E o que tem isso?

- Ah, senti uma coisa... - respondeu se deitando.

- Coisa, que coisa?

- Uma sensação boa. Vi na menininha minha filha, sabe...

- Uhum, você seria um bom pai. Infelizmente... - ficou sem jeito ao tocar no assunto.

- Pois é, mas... bom, esquece. Não quero falar sobre isso não.

- Tudo bem.

* * *

Ao chegar na casa da filha, Blanca não continha o sorriso no rosto. Não devia contar a Dulce que tinha ido ver Christopher, pois sem dúvidas ela faria mil perguntas, apenas contou que estava resolvendo o caso dele. Dulce ficou feliz e contente com a notícia. Pensava positivo, que em breve veria o grande amor da sua vida.

Ela sempre o manteve presente na vida da filha, falava bastante dele, para a menina ir se acostumando quando estivesse um pouco maior. A saudade dela, a fez ama-lo mais, muito mais e a vontade de ver ele já era maior que tudo, pena que por algo que seu pai fez, ela não podia, e isso doía na alma.

Ninando a Sofia para dormir, ela olhava para o céu escuro lá fora e imaginava se Christopher também sentia sua falta. Ela não sabia da verdade, Blanca preferiu não contar, para não machucar mais a filha. Sofia era idêntica ao pai, no cabelo, nos olhos, no jeito, era a filha dos sonhos que ele queria.

Quando por fim a menina dormiu, Dulce foi para o quarto e deitou. Estava exausta. Pegou o porta retrato que tinha a foto dela e de Christopher e sorriu, dizendo pra si mesmo que a espera, apesar de dolorosa, valeria muito a pena.


𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora