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Quando a noite chegou, trouxe um amigo que não ajudaria muito naquele momento: A fome. Com todas as energias gastas, o mais provável é que a fome viria feroz quando chegasse. Christopher, que agora estava de cueca, disse:

- Caramba, ferrou.

- Ferrou? Por quê?

- To com uma baita fome. - ele colocou a mão na barriga.

- Hmmm, pior que eu também. - Dulce se levantou e vestiu novamente seu roupão. - Melhor eu pegar algo para a gente comer. Aliás, o que você come?

- Quando to com fome, como qualquer coisa.

Dulce riu. Saiu do quarto e trancou a porta por fora, foi até a cozinha e olhou os armários. Biscoitos não era o tipo de coisa que serviam pra matar a fome. Queria algo que rendesse o bastante para nenhum dos dois sentir aquela vontade de comer durante a madrugada. Olhou na geladeira e viu que tinha torta e pudim. Cortou dois pedaços grandes e foi colocando em cima da bandeja. Pegaram alguns iorgutes, frutas e viu que em cima do armário, havia Nutella. Pegou alguns pães e colocou na bandeja junto. Pra beber, ela pegou umas caixas de Toddynho que sua mãe comprava para Mateus, e encheu dois copos gigantes com suco de maracujá.

- Acho que tá bom.

Quando se virou pra poder ir pro quarto, viu Alfonso, e se assustou.

- Que susto você me deu, seu louco.

- Caramba hein... - ele se impressionou com a bandeja. - O bandidinho tá numa mordomia grande.

- Não seja ridículo, é pra mim e pra ele, besta. - Dulce respondeu.

- Hum, vem cá. Aquela sua amiga, a Maite, tá ou não tá afim de mim?

- E como eu vou saber? Pergunta a ela.

- Ela nem me responde mais no Facebook. To muito put* com isso.

- Problema é seu. - Dulce riu, debochando.

- Ah é? TIO FERNANDO!

Dulce arregalou os olhos e saiu disparada no corredor. Alfonso riu, e Fernando perguntou da sala:

- O que foi Alfonso?

- Nada, esquece.

Dulce entrou no quarto e viu Christopher mexendo no celular.

- Qual é a senha do Wi-Fi?

- As iniciais do nome dos meus pais, de mim e do Mateus mais o número do apartamento. - ela respondeu, sentando na cama com a bandeja.

- Então seria... FBDM305?

- Isso! - Dulce respondeu, pegando um pedaço de torta.

- Nossa! - Christopher exclamou ao ver a bandeja. - Quer alimentar o continente africano, amor?

- Deixa de ser palhaço. Você disse que tava com fome.

- Sim, mas se eu comer isso, minha fome não vai dar as caras por uns nove anos.

- Exagerado. - Dulce mostrou a língua e deu um pedaço na boca de Christopher, que comeu e pegou pão com Nutella.

- Sabe no que eu tava pensando? - ele disse.

- Hum? No que?

- Como seria o rosto de nossos filhos.

Dulce sorriu com estranheza. Chris queria ter filhos? Ela ainda não acreditava nessa possibilidade.

- Você quer, é? - ela disse.

- Quero, mas tipo... Agora não.

- Eu também. Mas, se tivéssemos que nome colocaria?

- Humm, eu gosto de Eduardo.

- Eduardo é legal, dá pra chamar de Dudu. - ela sorriu.

- E de menina? - ele quis saber.

- Hummm, Fernanda.

- Gosto de Fernanda. - ele sorriu.

- Então, já tá escolhido. Eduardo e Fernanda.

O resto da noite foi até tranquila. Blanca e Fernando pediram uma pizza e comeram com os meninos. Dulce dormiu abraçada com Christopher, que ainda estava acordado, mexendo no celular e acariciando o cabelo dela. Ele bateu uma foto, onde o rosto de Dulce não aparecia muito e postou no Facebook com a legenda: "Nada melhor do que dormir com meu amor!"

Sorriu, em seguida verificou se a porta estava mesmo trancada. Fechou as janelas e abriu as cortinas, em seguida deitou-se de conchinha com Dulce, que sorria ao sentir o corpo do namorado junto ao dela

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora