No dia seguinte, Dulce chegou do colégio com Maite. Alfonso e Mateus estavam sentados no sofá.
- Olá meninos, tchau meninos. - Dulce disse, levando a amiga pro quarto.
- Hey, Maite. - Alfonso disse.
- Ola, Alfonso. - falou.
- Tudo bom??
- Tudo. - Alfonso esperava "e você?" sair da boca dela, mas foi tudo o que ela disse antes de entrar no quarto de Dulce.
- O que foi? Tá ignorando meu primo agora? - Dulce ria.
- Aprende quanto mais se ignora, mais valor você recebe dos homens.
Dulce se lembrou de Christopher.
- Acho que você tem mesmo razão, Mai.
Ao notar que amiga estava triste, Maite se sentou ao lado da amiga.
- O que houve? Cadê seu sorriso?
- Foi enterrado. Está a sete palmos a baixo da terra.
- Credo, amiga. O que aconteceu?
- Christopher.
- O que foi? Não me diz que ele tirou sua virgindade e não te procurou mais?!
- Não, não é isso. Eu terminei com ele.
- Terminou? Mas por quê? - Maite deitou a cabeça da amiga no seu colo.
- Acredita que o infeliz ia matar um viciado na minha frente?
- Sério? Mas e aí?
- Cara, isso me deixou muito mal. Ele foi tão fofo, romântico, delicado na nossa primeira vez. E quando estava lá com a arma apontada pra cabeça do rapaz, parecia um monstro feroz. Deu-me medo, por isso terminei com ele. Não quero aceitar ele assim!
- Amiga... - Maite suspirou. - Posso dizer o que eu penso?
- Hum?
- Talvez você não compreenda meu modo de pensar, mas acho que você deveria voltar com ele, pois você o conheceu assim.
- Mas Mai...
- Espera me ouve. Ele te aceita, sendo filha do delegado daqui do bairro, certo?
Dulce afirmou com a cabeça.
- Então, aceite ele. Claro, não estou dizendo para você aplaudir as execuções dele. Mas tenta mostrar pra ele, que isso é desumano. É cruel.
- Eu tentarei amiga. Daqui a pouco ele virá até aqui para conversamos.
- Só mais um conselho: Aprenda a perdoar, pois você também erra.
- Palhaça! - Dulce riu. - O professor de filosofia disse isso hoje.
- Ah, eu pensei que você estivesse dormindo.
- Não. Eu não estava.
As duas amigas riram.
***
Dulce estava sozinha em casa. Eram 15h23min quando olhou o relógio. Esperou Christopher e em alguns minutos ouviu o barulho da campainha. Foi atender.
Christopher usava uma bermuda jeans com uma camiseta e aquele cabelo bagunçadinho que deixava Dulce louca.
- Oi. - ele disse, observando que ela ainda estava usando o uniforme.
- Oi, entra.
Ele caminhou até atravessar a porta. Dulce olhou pra ele e suspirou.
- Seus pais estão mesmo fora NE? - Chris perguntou.
- Sim, só voltam à noite.
- Humm. – Chris disse.
- Senta. Hum, quer beber alguma coisa? Comer?
- Dulce, sem rodeios, por favor. Eu quero saber o que você decidiu.
- O que eu decidi?
- Isso.
- Bom Christopher. - ela disse se sentando e fazendo uma breve pausa. - O que você fez, me machucou muito, não posso negar isso.
Christopher torceu os lábios.
- Mas eu não deixei de amar você. Não mesmo.
- Sério? - ele disse se aproximando.
- Sério.
- Então você me perdoa.
- Sim, mas...
- Mas o que?
- Não quero que você faça algo do tipo nunca mais.
Christopher parecia não gostar da ideia, mas mesmo assim concordou.
- Tudo bem, Dul. Prometo-te.
Dulce sorriu e o abraçou em seguida lhe beijou
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𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐
RandomDulce e Christopher vivem em mundos diferentes. Ela, uma rica menina, vaidosa, mora em Copacabana. Sempre teve de tudo do bom e do melhor. Ele, que tem um passado curioso, é o traficante mais procurado do Rio de Janeiro. De uma forma inesperada, o...