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- E então? - Dulce tentava puxar assunto.

- Não começa com os sermões, Dulce. Eu quero ficar sozinho. - ele disse, tirando a mão de Dulce de sua perna.

- Quer ficar sozinho? Compre uma casa.

Mateus revirou os olhos.

- Então você é gay? - Dulce continuou a falar, mas Mateus ficou calado. - É? Você é gay? Diz pra mim

- SOU! - ele gritou, fazendo a irmã arregalar os olhos.

- No-nossa, eu não imaginava que...

- Como não imaginava? Você vivia me chamando de*********, gay, bicha...

- Sim, eu chamei muitas vezes, mas sabe como é... coisas de irmãos.

- Mas você falava certo. Eu sou gay.

Um silêncio breve ocupou o ambiente.

- Nossos pais já sabem?

- Óbvio que não, sua mula. Acha que eles iriam aceitar?

- Eles TÊM que aceitar. Você é filho deles.

Mateus deu de ombros e respirou fundo, se levantou e disse:

- Eu vou pro meu quarto.

Quando ele havia entrado e batido a porta, Dulce falou da sala:

- Eu vou sair, você vai ficar bem?

- Vou. - apenas disse.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora