Alexandra, mãe de Christopher era uma senhora culta e de bom coração. Sofria bastante ao ver que Christopher e Victor, seu marido, não se davam bem.Christopher até tentava suportar o difícil gênio que o pai tinha. Às vezes, sem motivo algum, apenas num simples e formal jantar em família, Victor dizia coisas que feriam profundamente Christopher. Até então, todos têm um limite. O de Christopher chegou. Começou a trabalhar na boca de fumo. Foi ficando rebeldee muito violento em casa, até o dia em que foi embora de vez.
- Espero que você fique a vontade Dulce. - Alexandra disse.
- Sim, claro. - ela comentou.
Chris se afastou das duas e começou a andar pela casa. Tocando nos móveis e nos quadros que ainda estava ali. A ex-casa dele era muito bonita, aberta, e tinha uma varanda que dava de frente pro mar. Ele foi até seu quarto. Sorriu quando entrou. Tudo estava do mesmo jeito que ele deixou quando saiu de casa, e olha que fazia bastante tempo, pois já estava caminhando prós 29 anos. Seu quarto era branco, tinha uma parede verde onde estava todos seus diplomasdo colégio, curso e competições. Em cima da sua cama estava seu violão elétrico, com quem se distraia. E logo em seguida, uma escrivaninha, com uma pasta cheinha de papéis em branco, pois ele adorava desenhar.
Depois de matar a saudade de tudo, ele desceu novamente e se deparou com sua mãe mostrando o álbum de fotos dele pequeno.
- Awn, peladinho. - Dulce ria ao ver a foto onde Chris, com aproximadamente 2 aninhos, estava do jeito que veio ao mundo.
- Mãe eu não to acreditando que você fez isso comigo. - disse, se referindo ao álbum de fotos.
- Amor, você não mudou nada. - ela continuava rindo.
- Mudei sim, eu "cresci" em um lugar.
- Mas a cara de bebê, continua a mesma.
No instante em que conversava, a empregada deixou na mesa de centro umas bandejas com vários aperitivos. Chris se sentou, e começou a comer, vendo as fotos com Dulce.
Do corredor de trás, ouviu-se uns passos indo até a sala de estar, ondeestavam os três.
- Boa tarde! - um homem apareceu. Usava um terno fino, com uma gravata discreta, um relógio caro no pulso esquerdo, segurava uma pasta com a outra mão. Era um homem importante, isso se notava de longe.
Era Victor, pai de Christopher que havia acabado de chegar. Ao dizer boa tarde, nenhum sinal de sorriso apareceu em seu rosto. Era um homem sério, muito sério.
- Boa tarde! - Alexandra e Dulce disseram ao mesmo tempo.
Christopher respirou fundo, mas continuou calado. Tentando fingir queseu pai nem estava ali.
- Não foi essa a educação que demos a você, Christopher. - Victor disse, colocando sua pasta pendurada.
- Não se liga em mim, velho! – Chris cruzou seus braços e pediu.
- Onde está sua cultura? Que linguagem é essa para se usar numa conversa normal e formal?
- Victor, por favor. Você não está falando com um de seus empregados. Então pare de por um padrão em tudo o que vê.
Victor olhou para Alexandra.
- Dinheiro muito bem gasto. - Victor se referiu a Alexandra. - Do que adiantou ter feito tantas aulas particulares, se ainda se comporta como um moleque.
- Não se preocupe Victor um dia todo seu dinheiro mal gasto comigo, será devolvido. Você poderá usar para pagar seu funeral.
Dulce e Alexandra observavam aquela cena, totalmente caladas. Até que Alexandra tomou uma providência para acabar com aquilo tudo.
- Victor, por favor, se acalme. Olha, deixa eu te apresentar. Essa é aDulce. Namorada de Christopher. Dulce, esse é meu marido e pai do Christopher.
- Ahm... - Dulce disse, se levantando e apertando a mão de Victor. - É um prazer conhece-lo, senhor.
- O prazer é seu, e a surpresa é minha. Christopher finalmente conseguiu alguém? Cuidado, para não destruir seu futuro com pouca coisa, menina.
- Oh, não entendi seu comentário, senhor.
- Não se preocupe com isso. E desculpas pela cena que você viu. Não é todo o dia que vejo esse cara, e quando vejo, prefiro dizer logo o que eu penso.
Dulce assentiu com a cabeça e se sentou ao lado de Christopher. Pegou na mão dele e sorriu.
- Você ainda é o meu amor. - disse ela, dando um beijo no rosto dele.
Alexandra conversava algo breve com Victor.
- Melhor irmos embora. - Chris sugeriu.
- Se você quer assim, tudo bem. Vamos...
- Mãe, obrigado por nos receber hoje. Talvez a gente se encontre mais vezes. - Chris abraçou a mãe.
- Sim meu filho, com certeza.
- Foi um prazer conhecer vocês. - Dulce disse, cumprimentando seus sogros.
- Até mais mãe. - Christopher puxou Dulce e saiu da sala como se mais ninguém além dos três estivesse ali.
No caminho para casa, ele foi calado. Não sabia o que dizer para ela! Ou ao menos, não queria falar sobre a pequena briga que tivera com o pai.
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𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐
RandomDulce e Christopher vivem em mundos diferentes. Ela, uma rica menina, vaidosa, mora em Copacabana. Sempre teve de tudo do bom e do melhor. Ele, que tem um passado curioso, é o traficante mais procurado do Rio de Janeiro. De uma forma inesperada, o...