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Segunda feira veio chuvosa, deixando o calor do fim de semana descansar. Dulce acordou com o barulho e abriu um lindo sorriso ao olhar para o anel que levava em seus dedos e viu que tudo foi real. Ela ouviu o barulho da chuva e foi ver as horas. 6:03 da manhã, e ela tinha que estar na colégio as 8:00. Pensou em dormir até as sete, mas preferiu se arrumar logo para depois não perder tempo. Escutou a voz de seus pais, que provavelmente voltaram de madrugada. Foi até a cozinha.

- Bom dia família! - Ela estava com sorriso de orelha a orelha.

Blanca, Fernando e Mateus estranharam. Dulce nunca acordava antes das 7 horas.

- Filha, bom dia. Aconteceu alguma coisa? - Blanca beijou a testa de Dulce.

-Não, mãe... - Dulce suspirou. Queria contar para a mãe que estava namorando, mas não podia.

Fernando voltou a se concentrar no jornal que lia. Mateus, super observador olhou o anel que sua irmã usava.

- Uau, que bonito esse anel. Comprou?

Dulce disfarçou e olhou para sua mão.

- Comprei, Mateus...

- É bem bonito, filha. - Disse Blanca.

O café da manhã ali era sempre assim, com poucos diálogos. Fernando viu seu celular tocar e não pensou duas vezes para atender. Era Alan, seu melhor policial.

- Alan, como vai? - Quis saber.

- Bem cara, muito bem. E você?

- Estou ótimo. Mas sua voz não diz que você está bem.

- Sim, chefe. Olha, numa hora ou outra você iria saber disso mas eu prefiro te contar logo.

Fernando estranhou e disse:

- Pode falar, o que aconteceu?

- Sabe o tal Christopher? - A voz de Alan era cheia de orgulho.

- Christopher? - Fernando riu. - Como eu não saberia?

Dulce nunca se interessava pelos telefonemas que o pai recebia. Mas dessa vez, foi diferente. Assim que ouviu "Christopher" olhou para seu pai e observou o resto da conversa.

- Então... - prosseguiu Alan. - Eu o prendi.

Os olhos de Fernando brilharam, finalmente ele poderia por as mãos no Christopher.

- Que? Você prendeu aquele vagabundo? -Ele perguntou sorrindo, esperando mais detalhes. Dulce ficou chocada com o que ouviu e também ficou bastante triste pelo ocorrido.

- Isso mesmo, eu o prendi. Ontem, por volta das onze da noite. Mas...

- Mas o que Alan? - O sorriso de Fernando desapareceu.

- O infeliz conseguiu fugir antes que chegássemos a delegacia.

- FUGIU? COMO VOCÊ DEIXA O CHRISTOPHER FUGIR? - Ele gritou irritado despertando a atenção de Blanca e Dulce, e brotando uma sensação de alívio em Dulce.

- Ele conseguiu abrir a viatura e pegou um táxi. Não deu para segui-lo.

- Mais que incompetência. - Fernando pegou sua pasta e foi em direção a porta, saindo para trabalhar.

"Eu preciso ver Christopher" - Dulce pensou.

Dulce esperou dar 7 horas, e viu sua mãe indo para o trabalho, levando Mateus para o colégio, que ficava um pouco mais longe. Ela não pensou duas vezes, pegou sua mochila e um táxi pro pavão-pavãozinho. Queria ver ele, e não se importava em matar aula.

Chegando perto da casa de Christopher, vários caras armados, ofereciam drogas para Dulce, que tentava passar sem dizer nada, mais era impedida pela multidão. Christopher a viu foi até ela. Pegou em sua mão, fazendo todos os caras os seguirem com o olhar. Chris levou Dulce para casa dele.

- Amor... - A voz dela era preocupada e com medo, disse abraçando Christopher

- Meu amor... o que você veio fazer aqui? - Chris se sentou, sentando Dulce em seu colo.

- Eu precisava te ver. - Suspirou. - Como você foi preso?

- Ah... Você já sabe. Bom, foi quando eu sai da sua casa, e estava voltando pra cá. Mas eu consegui fugir, tá tudo bem.

- Mesmo? - Ela passou a mão no rosto dele. - Você em pouco tempo se transformou em algo muito importante para mim. Eu morreria se te acontecesse algo.

Christopher sorriu dando um abraço forte na sua amada.

- Eu estou bem, de verdade. - Se aproximou e a beijou.

Dulce sorriu e continuava acariciando o rosto dele.

- Mas o que você tá fazendo aqui? Em 15 minutos você tem aula. - Ele quis saber.

- Eu queria te ver, saber se você estava bem. - Ela respondeu.

- Entendi. - Christopher respondeu pegando a chave da sua moto.

- Vai a algum lugar?

- Sim, nós vamos.

- Onde? - Dulce sorriu.

- Pro seu colégio, mocinha.

- Ah não, Chris... poxa. - Sua voz era fina e apelativa.

- Ah sim. Você me viu, sabe que to bem, então vamos para o colégio. - Se aproximou e lhe deu um selinho.

Dulce não discordou, subiu na moto e foi abraçada com ele por todo o caminho. Ao chegar, desceu da moto e deu um beijo longo em Christopher. Disse para ele se cuidar, e que o amava muito. E em seguida entrou correndo no colégio

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora