Uma semana depois, os pais de Dulce já haviam deixado para lá o assunto de sua filha ter um suposto namorado. Fernando , lamentou-se por não ter conhecido o tal rapaz, por quem Blanca enchia a boca para falar. Mas resolveu parar de encher a filha de perguntas.
Era um sábado, Alfonso estava em casa com Mateus, que estudava no quarto. Blanca estava no fórum, e Fernando na delegacia. Alfonso estava num tédio total, se entupindo de biscoitos e vendo o canal de biologia. Quando escutou a campainha tocar, se levantou ne sacudiu a blusa, onde carregava várias migalhas de biscoito. Abriu a porta, e para sua surpresa, era Maite.
- Olá, Maite. - Alfonso sorriu.
- Oi, Alfonso .
- Bom, entra... - ele afastou-se para que ela pudesse passar.
- Obrigada. - respondeu, sem conseguir esconder o sorriso que carregava. - Poderia chamar sua prima?
- Dulce não está em casa...
- Oh, não?! Poxa, eu vim a toa então.
- Por que? Você havia marcado alguma coisa com ela?
- Não não, eu estava em casa, aí bateu uma vontade de ir ao cinema. - suspirou. - Mas já que ela não está, tudo bem.
- Eu me ofereceria para ir, mas não sei se seria uma boa companhia. - ele disse.
Maite sorriu, num misto de vergonha e felicidade.
- Ah, que isso. Com todo respeito, você é uma ótima campainha. Se quiser ir, eu topo.
- Mesmo? Você espera eu tomar banho e tal?
- Sim, vai lá.
Alfonso sorriu e foi para o banheiro imediatamente. Enquanto Maite estava na sala, assistindo a tv, que ainda estava ligada. Não demorou 15 minutos e ele já estava pronto.
- Tô legal? - Alfonso apareceu, vestindo uma brusa branca com um colete preto, calça jeans e um AllStar.
- Está sim. - Maite deu uma pequena risadinha.
- Então vamos lá?
- Claro!!!
Quando desceram, o táxi que Maite havia chamado já estava parado em frente ao prédio. Eles entraram e seguiram para o cinema da outra cidade. Assistiram um filme sobre romance policial, que misturava romance com muita ação e guerra, agradando a cada um.
Enquanto assistiam o filme, Maite até tentou jogar um charme, para ver se rolava algo entre ela e ele. Mas nada aconteceu. Ele estava mesmo hipnotizado pelo filme, que prendeu sua atenção de uma forma incrível.
Enquanto isso, no Pavão-pavãozinho tudo estava calmo. Dulce estava no quarto de Christopher , com a luz apagada. A única luz que iluminava o ambiente, era a da televisão, que passava um programa infantil, sendo assim, nenhum dos dois se interessaria pela tv. Trocavam beijos e carinhos. Não eram sempre que tinham essa oportunidade, então sempre que estavam juntos, o momento era apena para pensarem neles mesmos. Nada de armas, drogas, celulares ligados, apenas eles.
- Se eu pudesse... - Dulce suspirou.
- O que?
- Fugir contigo, para qualquer lugar do mundo.
- Você é louca? - Chris riu.
- Acho que sou, você me deixa assim.
- Não me culpe pelos seus pensamentos doidos. - ele a apertou e deu um selinho demorado. Dulce apenas sorriu e o abraçou.
O silêncio, dominou novamente aquele ambiente. Christopher fazia cafuné em sua pequena, como gostava de chamar Dulce.
- Se eu pudesse... - Chris suspirou.
- O que?
- Ser mais pra você.
- Como assim, amor? O que tá querendo dizer?
- Você sabe, no fundo você sabe que é muita coisa para mim.
Dulce franziu as sobrancelhas e olhou para ele.
- Chega! Não quero ver você se menosprezando! Você é o melhor pra mim, e isso basta.
- Mas... - Chris tentava argumentar.
- Se você falar mais alguma coisa sobre esse assunto, eu me levanto e vou para casa.
- Minha pequena bravinha. - Chris deixou o assunto pra lá e riu.
Dulce deu um leve tapinha no tórax de Chris .
- Não me chama assim.
- Chamo, chamo sim... - Chris se aproximou, dando um beijo matante em Dulce !
O beijo, que começou quente, foi ficando cada vez mais caloroso. Dulce apertava o cabelo de Chris, e ele apertava a cintura dela. Sem perceber, Dulce já estava em cima dele. Beijando-o com vontade. Ao sentir que o "membro" do seu amado estava encostando em sua intimidade, ela se arrepiou e sem pensar duas vezes, colocou a mão por dentro da bermuda de Chris .
- Ual, que grande.
- Ei, o que tá fazendo? - Chris mordeu os lábios e tentava se controlar.
A mão dela, que ainda estava por dentro da bermuda, deslizava sobre o membro de Chris , causando-lhe uma vontade quase que incontrolável de fazer amor com Dulce .
- Ca-calma amor... - sem conseguir manter o devido controle, Chris ficou excitado.
- Agora está duro, nossa... - ela disse baixinho.
Quando Dulce ameaçou abrir por completo a bermuda de Chris, ele se levantou e fechou rapidamente, e com dificuldade seu zíper. Mesmo com a bermuda fechada, notava-se um grande volume bem ali.
- Você não gosta? - Dulce perguntou, indignada.
- Sim, mas é que se você continuasse, eu ficaria com mais vontade ainda e acabaria fazendo amor contigo.
- Mas eu quero. Quero fazer amor contigo. - Dulce respondeu, quase que insistindo.
- Lá pra frente, a gente faz ok? Não tenho camisinha, e você não toma remédios. Se fizermos agora e você engravidar, seu pai acaba comigo.
- Entendi... - suspirou. - Você tem toda razão. Daqui um tempo, eu procuro uma ginecologista.
- Isso... Tudo no seu tempo. - Chris novamente se aproximou, dando um beijo no rosto de Dulce , que deitou a cabeça no tórax dele. Eram nove da noite, e ela não aguentou de sono. E por fim... os dois acabaram dormindo.
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𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐
RandomDulce e Christopher vivem em mundos diferentes. Ela, uma rica menina, vaidosa, mora em Copacabana. Sempre teve de tudo do bom e do melhor. Ele, que tem um passado curioso, é o traficante mais procurado do Rio de Janeiro. De uma forma inesperada, o...