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Quando finalmente foram liberadas, Maite e Dulce pegaram seus materiais e seguiram andando até a saída do colégio. Dulce estava tensa pela prova que acabara de fazer, e Maite parecia estar em outro mundo. Como se tivesse sido hipnotizada. Dulce, não havia percebido ainda que a amiga estava distante, então continuava a falar e falar.

- ... Aquela terceira questão acabou com minhas esperanças de tirar uma nota máxima. Foi maldade o professor ter colocado justo essa, a que ele menos explicou para nós. Eu devo ter tirado uns 4 nessa prova mas com os trabalhos e os testes, provavelmente eu ficarei com uns 7. - Maite continuava calada, até que finalmente despertou a atenção de Dul. - Mai? Você está bem?

Maite balançou a cabeça e olhou para a amiga. Estava confusa, e mal sabia do que Dulce estava falando.

- Hã?

- Ih, tá viajando. - ria Dulce.

- Oh, desculpe. Estava pensando numa pessoa.

Dulce sorriu e cutucou a amiga:

- Uma pessoa é? Hmmm, quem? Diz pra mim.

Antes que Maite podesse abrir a boca para dizer algo, as duas ouviram uma voz vinda detrás. Ignoraram, mas novamente a voz voltou a chama-las. Quando seus olhos finalmente focaram o dono da tal voz, o estranhamento acabou e viram que era Alfonso.

- Oi meninas! - Ele dizia, com a voz mais calma do mundo.

- Alfonso, que surpresa. - exclamou Dulce. - O que faz aqui???

- O-oi... - gaguejando, Maite comprimentou.

- Eu vim matar a saudade desse colégio. - Suspirou.

Alfonso, antes de se mudar, já havia estudo no Elite Way. Por mais que todos os colégios de Londres fossem bons, ele tinha um carinho muito grande por esse, que foi onde estudou desde muito pequeno até seus 12 anos.

- Ah, entendi. Bom, o colégio continua o mesmo. - Dulce riu.

Maite, suspirava a cada piscada que Alfonso dava. Era como se ele fosse algo criado e modelado para ela. Só para ela. Seu estômago estava frio, sua cabeça pensava em mil coisas e suas mãos estavam suando.

- É! -riu. - Estou vendo... e então? Vamos numa lanchonete? Não sei vocês, mas eu estou morrendo de fome.

- Por mim, tudo bem e você Mai?

- Ah bo-bom... eu não se-sei se devo ir.

- Nem vem, você vem sim. - Alfonso pegou na mão de Maite, fazendo-a estremecer, e sem seguida pegou na mão de Dulce.

Os três seguiram andando pelas ruas movimentadas de Copacabana. Riam, brincavam, zoavam, Alfonso apertava Dulce.

- Alfonso você é um palhaço. - Dulce ria.

- Você que é! - Alfonso por impulso, deu um leve beijo no rosto de Dulce.

Christopher, que ia encontrar Dulce todos os dias no colégio, viu a cena, respirou fundo. Sua vontade era de bater naquele "playboyzinho" que estava roubando a sua garota. A sua Dulce. Ele resolveu tentar deixar isso para lá, colocou seus óculos escuro e andou até os três.

- Oi. - ele disse, olhando seriamente para o rosto de Alfonso.

- Amor!!! - Dulce sorriu, e o abraçou bem forte.

"Amor?!" Alfonso se perguntava.

- Tudo bem, linda? - Christopher pegou a mochila de Dulce, e em seguida também a puxou para perto dele.

- Tudo e contigo?

- Também estou bem.

- Quem é... ele, Dulce? - Alfonso olhava fixamente de cima para baixo o suposto namorado de sua prima.

- Namorado dela. E... você? - quis saber Christopher.

- Sou primo!

- Primo? Hm... - Christopher fez cara de pouco caso.

- Estamos indo a lanchonete dali da esquina...Quer vir? - Dulce perguntou.

- Hm, tá bem, pode ser.

Os quatros caminhavam lentamente, Alfonso segurava a mão de Maite, e obviamente a mão de Dulce estava sendo segurada por Christopher.
Quando chegaram, sentaram na mesma mesa. Pediram os lanches e os quatro ficaram se encarando.
Alfonso não teve uma boa impressão com a imagem do namorado da prima. Sentia algo estranho, quando olhava para ele. O mesmo pensava Christopher. Poncho deixou isso de lado e ficou conversando com Maite, que dava toda atenção do mundo a ele.

- Posso saber que beijos eram aqueles que ele te deu antes de eu chegar? - num tom de voz baixo, Christopher que claramente estava se mordendo de ciúmes perguntou.

- Não liga pra isso, ele é só meu primo.. - Ela dizia enquanto passava a mão no braço de Chris. - Tenta ser agradável meu bem. - Pediu.

- Eu não tenho que ser agradável com um desconhecido, se ele te beijar novamente, eu não responderei por mim.

Dulce sorriu e apertou a bochecha de Christopher:

- Meu bebê está com ciúmes é? - Ela ria baixinho.

- É eu estou! - Chris ficou sério.

- Não tem por que você ficar assim não viu?! Eu só amo você, só você.

Dulce o abraçou, e seguida o beijou. Christopher confiava plenamente em sua namorada, mas algo dizia que Alfonso atrapalharia bastante a relação dos dois.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora