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Fernando não podia crer que sua filha, tão nova e cheia de planos e sonhos, agora estava presa à gravidez. Seus olhos penetraram na pequena barriga da filha, e ele balançava negativamente a cabeça, tentando desacreditar naquele acontecimento. Queria acordar, e ver que aquilo era um sonho... pesadelo, aliás. Querendo ou não, era a mais pura verdade.

- Pai! - ela exclamou, com medo e um pouco de vergonha.

- Dulce... - disse, se aproximando da filha. - O que é isso?

- Posso explicar... eu posso explicar.

- Não, você não pode explicar. Você deve! - gritou. - Me deve uma boa e exclarecedora explicação para essa barriga.

- Bom... eu... tô grávida.

- Por que, Deus? Por quê? - gritou e se sentou com a mão na testa balançando a cabeça negativamente. - O pai, suponho que seja aquele marginal.

- Su-supõe? - Dulce arregalou os olhos. - Pai, o que o senhor pensa de mim? - perguntou horrorizada.

- O que quer que eu pense, Dulce? O que?! - gritou mais uma vez. - Você, com 18 anos já fez coisas que mudam sua imagem completamente diante de mim. Você é uma criança, sem maturidade alguma, que vai ter que aprender a cuidar de outra criança!

- Pai eu não tô sozinha, sei que Christopher...

- Christopher? Tem certeza que ele é o pai?

- Absoluta. - dizia, mais horrorizada do que antes.

- Como pode ter tanta certeza em afirmar algo do tipo? Seu irmão disse que...

- O que? O que foi que aquele inútil falou? - Dulce gritou.

- Primeiramente, o único que grita aqui sou eu. - respirou fundo. - Seu irmão disse, que antes de chegar a namorar com Christopher, você ficou com boa parte da escola... e que ainda fica.

- COMO? - gritou novamente, sem se importar com o que seu pai diria. - EU NUNCA, OUVIU BEM? NUNCA ME DEITEI COM OUTRO HOMEM A NÃO SER O CHRISTOPHER. EU ERA VIRGEM, ELE FOI O PRIMEIRO NA MINHA VIDA.

- Pois eu não acredito.

- Quer dizer que a palavra do Mateus, vai valer mais do que a minha?

Fernando afirmou com a cabeça.

- Ótimo, pai. Acredite bastante nele. Aplausos para você, que só enxerga o que quer enxergar. - Dulce foi para o quarto, totalmente arrasada com aquela situação. Mas não chorou. Foi forte o suficiente pelo filho que esperava, e além de tudo devia ser forte, para provar a si mesma e para seu pai o quanto havia crescido.

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BJOS

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora