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Enquanto lancharam, Alfonso não tirava os olhos de Christopher. Não se sentia a vontade com aquele cara, acariciando e beijando sua prima. A vontade que tinha era de vomitar a cada beijo que Chris dava em Dulce.

- Nojento. - ele murmurou, revirando seus olhos.

- O que disse? - perguntou Maite.

- Oh, perdão. Estava falando sozinho, me desculpe.

- Tudo bem, Alfonso. Você é um cara bastante gentil. - ela comentou, super sincera e direta. Sem nenhum medo sobre o que Christopher acharia dela.

- Sou, é? - Alfonso estranhou aquele papo, e ficou sem jeito com o olhar que Maite o olhava.

- Sim, você é. Parece um príncipe, daqueles de contos de fadas, sabe?

Alfonso não pôde conter a risada sarcástica.

- Príncipe? De contos de fada? - ele continuava rindo e Maite não entendia.

- Qual é a graça? - ela quis saber.

- Desculpa, mas foi a coisa mais engraçado que eu já ouvi na vida. - ele suspirou, assim, diminuindo o riso.

- Droga! Como sou estúpida. - Maite pensou. - Que tipo de comparação foi essa? Eu devo estar pirando.

Alfonso continuou comendo e conversando com Maite. Apesar de acha-la muito infantil, ele gostava bastante de conversar com ela. Era como se ele achasse que fosse o professor particular dela. A cada besteira dita pela mesma, ele, poderia corrigir. Esse era o grande defeito de Alfonso, achar que todos os jovens tinham uma inteligência mental a baixo da dele.

Quando Chris e Dulce terminaram, ele novamente colocou o boné e o óculos, ficando com uma aparência mais jovem, disfarçando seus vinte e tantos anos.

- Mai, nós já estamos indo. Você vai ficar aqui com o Poncho?

- Ahm... - Maite pensava.

- Sim, vamos ficar mais um pouco e depois a levo em casa. - disse Alfonso.

- Tudo bem então... Até mais. - Dulce disse, seguindo de mãos dadas com Chris.

Alfonso olhou seriamente para Chris, que retribuiu o olhar duas vezes pior. Quando estavam lá fora, Dulce se afastou uns metros para comprar água de coco. Christopher percebeu que sua camisa estava suja então a tirou, mostrando seus músculos e abdômen definidos e uma tatuagem do braço esquerdo. As meninas que passavam por ali, não disfarçavam e olhavam na cara limpa para Christopher, que se fazia de desentendido, até que uma se aproximou e disse:

- Olá, lindinho.

-... Oi! - ele olhou para os lados para saber se realmente era com ele com quem ela falava.

- Tudo bem? - ela dizia, tocando o braço de Christopher.

- Tudo... tudo sim, e você? - Christopher, apesar de não estar nenhum pouco interessado, perguntou com educação, afastando a mão da menina de seu corpo.

- Tudo ótimo.

Ao olhar para trás e ver Christopher conversando com a tal menina, Dulce sentiu sua respiração ficar mais rápida e seu coração disparar a mil por hora. Não hesitou, e foi até Christopher bem séria.

- Voltei, AMOR! - ela disse, destacando bem a palavra 'amor'.

- Oh, oi bebê. Essa aqui é a Bianca. - disse, apontando para Bianca. Loira, alta e muito atraente.

- Oi... - a voz de Bianca parecia decepcionada.

- Então, podemos ir? - Dulce não estava a fim de conversa.

- Espera só um minutinho, amor... - Christopher, agora mais interessado, olhou para Bianca. - É verdade que você é portuguesa? Que bacana!

Dulce coçou os olhos para ver se era aquilo mesmo que ela estava presenciando. Seu namorado, de conversa com uma portuguesa, bem na sua frente.

- Ah não! - Dulce exclamou, pegando sua mochila da mão de Christopher e andando para casa com o maior bico do mundo estampado em seu rosto.

Christopher rapidamente se despediu de Bianca e foi atrás de Dulce. Que caminhava quase marchando no calçadão de Copacabana. Quando finalmente conseguiu segura-la, Dulce já estava em frente ao seu apartamento.

- Me solta, Christopher. - ela fez um movimento brusco, se afastando de Chris.

- Que? Mais o que foi? Por que está assim? - ele realmente não entendia nada sobre mulheres.

- Por quê? Você ainda pergunta? Você lá, todo assanhado com a portuguesa e mal olhou para mim.

- Você está assim só por isso? Eu só estava sendo educado, oras.

- Aff, quer saber? Tchau! Você tá tomando muito meu tem...

Antes de completar a frase, Christopher a puxou e a beijou com toda vontade do mundo. Seus braços grandes e fortes passaram em volta de Dulce, impedindo assim que ela, que estava tentando de sacudindo, não fugisse. Ela levou a mão na nuca dele, e apertou seu cabelo, agora ela beijava pra valer. Quando Christopher a apertou pela cintura, Dulce se arrepiou, mordendo o lábio inferior dele.

- Seu idiota. - ela disse bem baixinho.

- E você gosta que eu sei. - ele respondeu, dando um selinho.

Ela sorriu para ele, que retribui o sorriso, colocando novamente seu boné.

- Dulce? - Blanca chegou atrás deles, assustando-os e os deixando sem reação.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora