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- Que caras são essas, rapazes? - Blanca perguntou.

- Parece que viram assombração ou algo do tipo. - Fernando comentou.

Os primos apenas se olhavam, desesperados diante daquela situação.

- Ma-mãe, pai... Vocês não iriam chegar apenas a noite?

- Sim, Mateus. Mas resolvemos deixar alguns casos pra resolver amanhã.

- Entendi.

- E como foi o dia de vocês?

- Estudei e fui à praia. - Alfonso disse primeiro.

- Só fui à praia. - Mateus disse.

- Ahm, Mateus, vamos ali à sala, quero falar uma coisa contigo. - Alfonso puxou Mateus até a sala. - Precisamos dar um jeito, se sua mãe ou seu pai entrar naquele quarto, vão fazer picadinho dos dois.

- Eu sei, mas nenhum de nós pode entrar pra avisar também.

- Então o que faremos?

Mateus pegou o celular.

- Não é hora pra mexer no Facebook.

- Não vou mexer no Facebook, Alfonso. Vou só entrar no Whatsapp e enviar uma mensagem a Dulce.

***

Christopher dava um caloroso beijo em Dulce, que suspirava a cada carícia sentida. Ouviu-se um barulho. Era o celular de Dulce, que se virou para pegar.

- Deixa pra lá, vai amor... - Christopher sussurrou.

- Hmm não posso, pode ser importante.

Christopher ficou um tempinho quieto para que Dulce pudesse ler a mensagem.

- Droga. - ela exclamou.

- O que foi?

- Meus pais estão em casa.

- Mas você não disse que eles só chegariam a noite?

- Eu sei que disse, mas pelo visto, eles se adiantaram um bocado.

Dulce se levantou e vestiu seu roupão rosa.

- Aonde você vai? - Christopher quis saber.

- Haja o que houver, fique dentro do quarto.

- Ahm... ok.

Dulce saiu e respirou fundo para tentar mostrar tranquilidade e naturalidade.

- Oii, o que fazem em casa? - ela mostrava surpresa.

- Nos adiantamos um pouco. Sua mãe está trabalhando demais.

- E por que não voltam para o trabalho? Trabalhar é tão bom. - Dulce sorria.

- Parece que vocês três estão até tentando se livrar da gente. - Blanca riu.

- Que isso, mãe. - Dulce tentava esconder sua ironia.

- E você estava fazendo o que no quarto? Está toda suadinha, meio descabelada.

- Ahm... - Dulce ajeitou o cabelo. - Só tava ouvindo música, sabe como é...

- Que bom. Ahm, filha, eu preciso muito usar seu computador. Onde está?

- No meu quarto, mãe.

- Vou pegar.

Blanca se levantou e colocou a mão na maçaneta do quarto da filha.

- NÃO, MÃE! Esqueci. Tá carregando.

- Não tem importância, filha, é bem rapidinho.

- Tá baixando uma coisa pra mim, logo eu levo ele no seu quarto.

- Eu só vou excluir alguns arquivos do pen drive, menina!!!!

- É por que meu quarto tá muito bagunçado, mãe. - ela tentava argumentar.

- Como de costume. Ande, deixe-me passar.

- Mãe, usa o meu. - Mateus disse, aparecendo com seu notebook na mão.

- Oh, tudo bem. - Blanca se sentou e conectou seu pen drive.

Mateus e Alfonso foram puxados por Dulce até a varanda.

- Como vocês sabiam que eu estava com Christopher lá dentro?

- Graças aos seus escandalosos gemidos, nós sacamos que você tava com ele.

Corada de vergonha, Dulce cobriu o rosto.

- Aaaaain, tá. Obrigada por terem me avisado! - ela agradeceu.

Os três voltaram pra sala, onde os pais estavam.

Um barulho veio do quarto de Dulce. Era som de algo de ferro caindo no chão.

- Que barulho foi esse????? - Fernando levantou!

- Que barulho, pai? - Mateus disse.

- Veio do quarto da Dulce.

Fernando olhou pros lados e foi caminhando devagar até o quarto de Dulce, tendo mais certeza ainda que o barulho viesse de lá.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora