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- Fica comigo? - Alfonso sussurrou no ouvido de Maite.

- Ficar contigo? De que modo?

- Eu quero que você seja minha namorada.

O brilho nos olhos de Maite foi impossível de esconder e sua boca falou por si.

- Óbvio que eu aceito. - ela disse, o abraçando bem forte.

Ela não seria tonta de recusar, pois vai saber se teria outra chance igual aquela. A vida é assim, nos joga oportunidades que você tem que agarrar. Se deixarmos nosso orgulho falar mais alto, talvez nunca mais tenhamos aquela chance novamente. Então, aproveite enquanto está abraçada com seu sonho.

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Um mês e meio se passou...

Já sentiram aquela sensação de ajudar, porém não receber nenhum tipo de ajuda? Dulce estava caminhando nessa trilha de incertezas. Sentia-se uma irmã inútil, ao notar que seu irmão, cada dia que passava se tornava mais rebelde. Ela tentava ajudar, tentava mesmo, mas ele a ignorava por completo. Ela tentava conversar com ele, mas ele não dava à mínima. Ameaçava contar para os pais que a irmã, a doce e certa irmã, era mulher de bandido.

Ele chegou a casa calado naquela tarde. Dulce estava sentada no sofá, assistindo TV.

- Eu tava na rua, se é isso que quer saber. - ele disse.

- Eu nem perguntei onde você estava. - ela deu de ombros.

- Antes que perguntasse, ué.

- Por que está agindo assim? - Dulce se aproximou dele.

- Assim como?

- Como um marginal.

- Pensei que gostasse de marginais. - ele lançou uma indireta clara, que fez Dulce perder a pose.

- Você era todo correto, olha pra você agora, que nem um filho desesperado por atenção.

- E se fosse? Você liga?

- Ligo, sou tua irmã.

- Infelizmente! - respondeu e foi caminhando pro quarto.

Dulce tentou falar, mas era inútil essa tentativa. Olhou a mochila dele, se aproximou e a abriu. Começou a bisbilhotar algo que a fizesse entender aquele comportamento. Achou um pacote. Conhecia aquilo. Já tinha visto Christopher vender e até mesmo usar. Cocaína. Merda! Seu irmão estava se drogando. Ficou olhando o pacote por um tempo, quase chorando por ver o caminho que seu irmão tinha entrado.

A porta se abriu, Fernando entrou em casa. Sua visão não foi uma das melhores. Dulce com um pacotinho de Cocaína na mão. Sem reação, ela não pode guardar.

- O que é isso? - Fernando pegou o pacote da mão de Dulce. - ISSO É DROGA!

- Pai, não... - ela tentava se explicar.

- O QUE UM PACOTE DE COCAÍNA FAZIA NA SUA MÃO? RESPONDA-ME!

- Pai isso, isso não é meu... - as palavras se enrolavam e ela não conseguia falar.

Mateus saiu do quarto para ver que gritos eram aqueles, viu que o pacote que estava em sua mochila estava agora na mão do pai, que exigia explicações de Dulce.- Dulce, eu disse que a qualquer hora o papai descobriria esse seu vício.

Dulce olhou para o irmão e Fernando arregalou os olhos.

- COCAÍNA? VOCÊ É VICIADA EM COCAÍNA?

- Sim, pai. - ela poderia ter dito que tinha encontrado aquilo na mochila do irmão, mas preferiu abaixar a cabeça e tomar a culpa do irmão.

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𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora