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O plano de Jeremias já estava formado e prestes a entrar em ação. Com uma lábia de bandido, conseguiu fazer uma lavagem cerebral em Christopher. Caio havia cansado, literalmente cansado de tentar avisar seu amigo. Christopher não era nenhuma criança. Ele era um homem que já entendia muito bem as coisas da vida e não precisava de nenhuma babá para ficar lhe dizendo o que fazer e como fazer.

- Isso, Fernando. Você entendeu o plano muito bem. Ele tá bastante ansioso por isso, e já vamos sair daqui. Isso. Assim que eu enviar o SMS, você vem com toda equipe para a tal loja. Ok. Ok. - Jeremias desligou e se aproximou de Christopher, com aquele sorriso idiota que carregava em seus lábios.

- Então, cara? Esse assalto******ou não rola? - Christopher ria, mostrando que realmente estava bastante ansioso para aquele acontecimento.

- É claro que rola, chefinho. - Jeremias respondeu. - Quando quiser ir, nós vamos e fazemos a limpeza naquela loja.

- Você é um cara esperto, Jeremias. Muito esperto. Essa convivência contigo já está se tornando uma grande amizade.

- É claro. Uma grande e fiel amizade. - como um ser humano podia ser tão falso? Mentir descaradamente assim, como se tivesse falando a verdade.

- Caio, vamos? - Christopher perguntou para o amigo que estava sentado observando aquela cena.

- É, vamos. - se levantou e foi caminhando em direção ao carro.

Os três entraram no carro e Jeremias foi dirigindo até a cidade com um sorriso no rosto. O celular de Christopher tocou e o nome de Dulce foi exibido na tela. Pegou para atender, porém Jeremias retirou o celular da mão dele e pôs sobre a perna.

- Nada de mulher agora. - Jeremias não queria que ele e sua futura esposa tivessem mais contato algum. Deixou o celular desligado e continuou dirigindo.

- Tá certo, depois eu ligo para ela.

- Ligue sim.

***********

Em casa, Dulce tentava falar com Christopher mas dava apenas caixa postal. Se preocupou, pois ele não era muito de deixar o celular desligado e tão pouco não atender uma ligação dela.

- Que estranho. - ela disse sozinha. - Ele não atendeu. Ah... deve estar dormindo. - riu!

Colocou o celular em cima da mesa e foi para o quarto se trocar.

- Agora, a mamãe vai te levar para passear. - ela passava a mão na barriga enquanto dizia. - Vamos comprar umas roupinhas e uns sapatinhos lindos.

Dulce se arrumou, pegou sua bolsa e foi para a rua. Coincidência ou não, a loja para qual estava indo, era ao lado de onde Christopher estaria em poucos minutos. Nenhum sabia da vinda do outro.

Jeremias pisou na loja e anunciou o assalto. Os atendentes ficaram desesperados e levantaram a mão numa maneira difícil até de não reagir.

- Se todo mundo ficar paradinho e nos der as armas e o dinheiro, todo mundo vai sair daqui vivinho. - Jeremias falava, caminhando pela loja.

- Isso! Nossa intenção não é machucar ninguém. Só queremos as armas saimos daqui. - Christopher completava.

As pessoas que trabalhavam ali, se olhavam com medo e desespero diante das armas dos 3 traficantes que ali estavam.

- Não dá para ser apenas o dinheiro? - o gerente da loja sugeria.

- NÃO DÁ, PORRA! ME DÁ LOGO ESSAS ARMAS E TU COTINUARÁ VIVO. - Jeremias gritou, fazendo as pessoas se escolherem de medo.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora