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- NÃÃÃÃO! - gritou Dulce ao ouvir o som da arma de fogo agindo.

O tiro. Aquele tiro, dado pelo seu próprio pai, o que ela tanta amava. Desviou o olhar, com medo de encontrar o corpo do seu querido noivo estirado no chão. Fechou os olhos com força para crer que aquilo era um sonho, na qual queria rapidamente acordar. Só se ouvia uns altos suspiros. Suspiros de raiva, talvez. Mas só isso. Merda!

Christopher estava em seus últimos momentos de vida, era o que Dulce pensava, então decidiu olhar o estrago. Olhou. Christopher estava de pé, olhando para Fernando que olhava para cima. Dulce também olhou. Um buraco no teto. O tiro havia acertado o teto. Dulce sorriu e chorou de alegria ao mesmo tempo.

Antes que Fernando atirasse, Christopher levantou rapidamente o braço dele, fazendo que o tiro atingisse apenas o teto.

- Achou mesmo? - debochava para Fernando , rindo. - Tu achou mesmo que eu, Christopher ... deixaria você me matar, é?

- INFELIZ!

- Ao contrário, sou muito feliz do jeito que sou. Muito feliz. Sua filha, me fez feliz.

- Não use o nome dela assim, ela não é uma de suas vagabundas.

- Dulce? Vagabunda? Nunca quis que ela fosse isso minha, se é o que você pensa. Isso é amor de verdade, algo que eu nunca senti tão forte por nem outra mulher na face da terra.

- Se eu acabo contigo, esse amor acaba junto. Christopher mostrou um sínico sorriso, e se afastou de Fernando , caminhando pela sala. Suspirou, coçou o cabelo e novamente riu. Isso deixava Fernando completamente irritado.

- A morte é sua prioridade? - questionou. - É isso mesmo? Você acha que matando as pessoas que considera um obstáculo, vai conseguir fazer a justiça? Que estúpido. Você poderia sei lá, tentar me separar de sua filha de todas as maneiras possíveis, mandando ela pra outro país, ou algo do tipo... Mas infelzimente há dois probleminhas. Um contigo, e um com ela.

- O que?

- Com ela, é que você ficou tão concentrado em fazer seu "trabalho", que não notou que ela cresceu. Ou você acha mesmo que se dizer "Dulce, você vai estudar fora!" ela vai? Não, ela não vai. Ela é uma mulher, tem vontade própria, não precisa mais te obedecer.

- Hm... - Fernando disse, tinha que concordar. Dulce cresceu e ele não notou. - E comigo?

- E com o seu? É que sua mente é tão pequena que você não pensaria em mais nada, só na morte do seu inimigo. Me matar, não resolveria teu problema.

- Resolveria sim.

- Não vai ser me matando, que você vai me separar dela. - Christopher acariciou o rosto de Dulce , que olhava para ele de volta.

- Óbvio que vou.

- Fisicamente, pode até ser que sim. Sinceramente... Mas nossos corações estão ligados, para sempre. Para sempre. - sorriu e selou um beijo em Dulce.

- Dulce, vamos embora. - Fernando , sem mais argumentos, decidiu ir.

- Não, pai... eu não vou. - ela respondeu.

- Você vem comigo, não discuta. - bufou.

- Não pai, eu vou ficar aqui com...

- Dulce ! - Christopher interrompeu. - Pode ir, melhor vocês irem. Seu pai principalmente.

Ela afirmou com a cabeça, abraçou Christopher forte e lhe deu um beijo. Depois, olhou para seu pai, e caminhou na frente e foi seguida pelo mesmo em seguida.

Olha gente eu tô aqui no hospital tomando soro e publicando pelo celular, eu estava com um problema estomacal, daí me dava falta de ar e anciã, dor de cabeça etc
Bjos

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora