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Um ano se passou e muita coisa também havia mudado, tirando o fato de Christopher estar preso, que infelizmente não era nada bom. Blanca ainda estava tentando fazer sua pena ser reduzida, tentava pra valer, de verdade, pois sabia que sua netinha Sofia, de 1 ano e alguns meses, precisava do pai.

Dulce, agora que sua filha tinha largado o peito, resolveu entrar para a faculdade. Ela também trabalha, e quando está muito ocupada, seu irmão Mateus, com quem fez as pazes há uns meses, cuidava da sobrinha.

Dessa vez, Sozinha, Dulce se distraiu com as apostilas da faculdade. Sofia já tinha dentinhos e sabia andar, e Dulce tinha que ficar alerta, pois criança em silêncio, não é boa coisa.

Quando por fim, terminou o ultimo exercício da apostila, estalou os dedos, de cansaço. Suspirou e olhou pros lados tentando avistar sua menina.

- Sofia? - perguntou e ouviu uns barulho vindo de seu quarto. Se levantou e correu para lá.

Tudo estava bem, e Sofia, aparentemente não estava lá. Nenhuma porta do guarda roupa estava aberta e ela podia jurar que o som tinha sido esse.
Abriu o guarda roupa e riu, aliviada por ter achado a menina.

- O que você tá fazendo aí em?

- Aumano*, mamãe... (arrumando)

- Arrumando, sei... vem, vem amor... - disse pegando a menina no colo.

Sofia segurava um papel na mão, quando Dulce percebeu.

- O que é isso, Sofia?

- Moço... - respondeu fofa, entregando a foto na mão da mãe.

Dulce olhou e sorriu ao ver que era a foto de Christopher. Uma mistura de saudade com tristeza veio ao seu peito, ao notar a falta que ele fazia. Esperava ve-lo em breve, mas as coisas não eram bem assim.

- Não é um moço, boneca. Olha - disse entregando a foto na mão da menina. - Esse aqui é o seu papai...

- Papai? - sorriu como Christopher, fazendo Dulce sentir que por um momento ele estava ali.

- Sim, amor... é ele.

- Ma, papai miu!!** (Mas o papai sumiu!)

- Logo ele volta, viu? Aí vocês poderão ficar brincando muuuuito. - lhe fez cocegás e no ar surgiu uma risadinha gostosa.

- Filha, está em casa? - Blanca perguntou da sala.

- Sim, mãe... estou aqui no quarto.

Blanca entrou no quarto, provavelmente estava indo trabalhar. Deu um beijo na filha e depois pegou a neta no colo.

- Como estão?

- Bem, eu tava estudando e a Sofia veio pro meu quarto aprontar. - riram.

- Aprontar? Deixa de mentira Dulce, um anjinho desse não apronta. - disse rindo, defendendo a neta.

- Isso porque você não vive com a peça 24hrs por dia.

- Pode ser... - riu. - Está estudando?

- Tô sim, mas de meia em meia hora tenho que parar. Ela não dá descanso.

- Você era pior na idade dela, não me deixava fazer nada.

- Por favor, não inventa, mãe. - riu.

- É verdade, mas para mim era fácil, tanto por causa da idade. Eu tinha 28... você só tem 20.

- É... 20 aninhos, apenas.

- Que foi? - Blanca viu o olhar perdido da sua filha.

- Nada é que... não me via com filho, nessa idade.

- Humm, se arrependeu é?

- Não! - exclamou. - De maneira nenhuma, eu amo essa menina, mais do que tudo. Ela se tornou a coisa mais importante da minha vida. Só que nunca planejei engravidar aos 19.

- Se Deus a mandou, teve um motivo muito grande.

- É... mandou um anjinho para meu amor e o do Christopher continuar vivo mesmo com a distância. - sorriu boba.

- É verdade...

- Como andam as coisas em casa? - Dulce perguntou.

- Ah... seu pai, na mesma. Acho que agora ele finalmente aceitou o fato de não trabalhar mais para a delegacia. Agora ele se ocupa de outra maneira, sabe... vai pescar, viaja bastante.

- E por que você nunca vai com ele? Você também merece férias.

- Hum não, não sou tão chegada a sair assim. E além disso, gosto do meu trabalho.

- É, você realmente tem amor a sua profissão. - Dulce se orgulhava da mãe.

- Muita!!!!!! Bom, eu levo ela para você poder estudar.

- Jura? Mas ela não vai te atrapalhar?

- Imagina, ela nunca me atrapalha.

- Obrigada, mãe. Um instante que vou pegar uma mochila com algumas fraldas, roupas se necessário e a mamadeira dela.

- Tudo bem, eu espero! - se sentou com a menina no colo.

Dulce não sabia, mas Blanca não estava indo para o trabalho nem nada disso. Blanca também não podia contar, pois teve medo de Dulce recusar, mas ela tinha que fazer isso. Com o que Fernando disse a ela, ela precisava fazer uma coisa. Não achou justo Christopher ter a ideia que Dulce e Sofia estivessem mortas, mas já que a besteira toda estava feita, não havia limpeza.

Dulce voltou com a mochila da menina e se despediu dela com muitos beijinhos. Blanca pegou um táxi com a neta, e foi para o o outro lado da cidade, cumprir seu objetivo.

GENTE A BATERIA DO NET TA ACABANDO ENTÃO QUANDO CARREGAR EU VOLTO COM OS OUTROS 3 E TAMBÉM PRA DEIXAR CURIOSA.


𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora