Maria Clara | Clarinha ❤️
Ser do corre sempre foi meu maior sonho e meu maior medo também, a adrenalina que isso tudo te dar, o olhar de medo das pessoas, de respeito e até de afronte te faz querer mais e mais, olhava ela desesperada dentro do banheiro enquanto eu apontava uma arma para ela e pedia pra ela ficar em silêncio, o olhar de medo dela, de desespero me fazia se sentir poderosa, sentir que finalmente íamos conseguir vingar a morte do meu pai.
__ se você não fizer silêncio eu vou atirar, eu não estou brincando. - falei quando ela chorou alto e ela colocou a mão na boca tentando parar o choro.
Mika: o que você quer cara? Eu nem te fiz nada. - eu rir sem humor e fiquei esperando a porra da mensagem do Henrique avisando que chegou na frente da faculdade, demora da porra.
__ meu pai também não tinha feito nada contra o teu e nada impediu dele matar ele, quer fazer o teste?
As lágrimas dela caíam copiosamente mas eu não ligava, não sentia remorso nem nada, meu pai também não merecia tudo que fizeram com ele, claro que ele tinha escolhido o caminho dele e teria que arcar com as consequências, mas não daquela forma.
__ presta atenção loira, vamos sair juntinhas de dentro dessa porra, vou estar coladinha contigo, qualquer sinal teu, eu atiro se ligou? Não tenho nada a perder pô.
Mika: não faz nada comigo por favor, eu não tenho culpa disso tudo, quem fez foi o meu pai, por favor me deixa ir embora. - falou desesperada e eu rir puxando ela.
__ lava o rosto e cala a boca, namoral. - ela fez o que eu mandei e eu vi a mensagem chegando dizendo que já estava lá, agarrei no braço dela deixando a arma encostada nela de forma que ninguém visse e saímos.
Faço esse trajeto todos os dias mas hoje parece que estava mas longe, sentia meu coração acelerado e a adrenalina correndo nas veias, ela segurava o choro enquanto andávamos, mas quando chegou na porta do carro ela desandou a chorar, parecia uma criança indefesa e o pior, não me dava remorso nenhum.
__ entra caralho, boraa. - falei quando ela travou na porta do carro, neguei com a cabeça e empurrei ela com tudo dentro do carro vendo o Henrique me olhar feio. - qual foi tu também?
Henrique: qual foi da parte de boa que tu não entendeu? - nem respondi ele, só travei a arma colocando na cintura vendo ele começar a dirigir, peguei o paninho colocando o ácido e meti no nariz dela sem dar tempo dela reagir a nada só desmaiar. - MARIA CLARA PORRA. - gritou parando o carro.
__ qual foi caralho? Tu não queria a porra da garota para agir o plano? Tá aí, por espontânea vontade ela não ia vim, euem garota chata da porra. - falei já estressada, essa história toda já tava me estressando, só queria matar esse pau no cu e seguir minha vida em paz.
Henrique negou com a cabeça e voltou a dirigir, passei o cinto na garota e fiquei mexendo no meu celular até chegar na favela e ele ir direto para minha casa, vamos deixar a garota sumida por um mês, sem notícia nenhuma para o pai e a mãe dela, vai ficar trancada lá em casa comigo e aí depois de um mês pedimos a troca, só se o coronel for muito filho da puta para não trocar, é a filha dele caralho.
__ coloca ela no quarto de hóspedes e pega o celular na bolsa dela.
Henrique: ta parecendo uma bandida má. - brincou e eu rir indo para cozinha beber água, sei que ela não tem nada haver com a história porém sem ela não vamos conseguir chegar no coronel nunca, quanto mais acabar com essa história logo melhor.
__ trancou a porta do quarto? - me sentei ao lado do Henrique no sofá que já estava com o celular da garota nas mãos.
Henrique: tranquei dona. - brincou e eu dei um tapa nele. - será que não fomos longe demais Inha?
__ claro que não Henrique, você quer ou não quer vingar o pai? Ele tinha os defeitos dele mas não merecia ter morrido daquela forma. - falei com ódio lembrando da tatuagem que fizeram no peito dele com gilete com o nome coronel Gb. - e não vamos fazer mal a garota, só vamos segurar ela por aqui durante um mês e depois fazer a troca, se fosse outros bandidos ela já estava morta. - ele assentiu deitando a cabeça na minha perna, um homão da porra mas as vezes é quase uma criança.
Henrique: não gosto de envolver família nos b.o, ainda mas quando é mulher. - falou de olhos fechados e eu fiquei fazendo cafuné nele, pensando se fomos longe demais, mas nada é comparado ao que meu pai sofreu, só quero que esse coronel coloque as caras, porque nem para isso ele serve, só sabe ficar de ameaça e nada de colocar as caras.
__ também não gosto, mas esse é o único jeito Rique. - falei e ficamos em silêncio, acho que ele tava nervoso e eu apreensiva para quando essa garota acorda e começar com os chororó, as gritarias, já tô até vendo.
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Eae, acham que o coronel vai se render?