Bianca | Bia ❤️
Tava de boa ouvindo música no fone, até a Beatriz vim atanazar meu juízo, menina insuportável do caralho, tentei ignorar ela que só falava merda e tava puta por um negócio que nem tava no meu alcance.
__ cê tá puta porque? Eu nem dirijo a minha palavra a você véi, reclama com ele, euem. - falei tentando voltar ao ouvir minhas músicas em paz, a garota tá puta porque diz ela que depois que o Jota começou a andar comigo se afastou dela e segundo ela eu estou fazendo a cabeça dele contra ela.
Beatriz: você é sínica garota, acha que tudo gira em torno de você, preferia mil vezes que você não existisse, que a gravidez não fosse de gêmeas e só eu tivesse vindo ao mundo. - quase gritou e eu rir, ala pensando que me atingi.
__ reclama com Deus então amor. - debochei e ela avançou em mim, apenas me defendi segurando os braços dela enquanto ela gritava.
Beatriz: me solta sua louca, me solta. - gritava e eu já tinha entendido o que ela tava tentando fazer, então apenas soltei ela e ela olhou para trás pra ver se alguém tava lá como não tinha ninguém ela me deu um tapão no rosto e eu rir fraco sentindo o gosto do sangue na minha boca, olhei para a porta e o Jota tava lá olhando aquilo incrédulo, até porque toda vida todo mundo pensou que quem batia era eu e eu não fazia questão de mudar a opinião de ninguém.
Jota: ta maluca Beatriz? - se aproximou de mim me olhando preocupado e me abraçou de lado.
Beatriz: ela quem começou Jota, ela disse que você não se importa mais comigo. - fingiu choro e eu nem liguei me soltando dele e saindo do quarto deixando os dois por lá, fui até o banheiro vendo meu rosto vermelho e a boca cortada.
__ babaca, nojenta, maluca do caralho. - reclamei pegando o kit de primeiros socorros, peguei o soro e um pedaço de algodão limpando o sangue. - aí que ódio. - quase gritei e a porta do banheiro abriu passando por ela um Jota putasso e eu já tava pronta pra xingar ele mas ele fez tudo ao contrário do que sempre fazia, apenas me abraçou e eu não aguentei desabando nos braços dele, chorando tudo que guardei durante todos esses anos. - eu não aguento mais ficar aqui. - falei chorando.
Jota: vem morar comigo então. - falou como se fosse a coisa mais simples do mundo, olhei pra ele com raiva e ele riu. - vim aqui te contar a novidade, comprei um apartamento lá na sul, vou sair da favela, o abrigo vai ser transferido para um local maior, mas não agora, preciso organizar primeiro, meu pai comprou uma chácara e vamos reforma para ser o abrigo, queria te chamar para trabalhar comigo aí já juntamos um pacote só.
__ você sabe que isso é impossível não sabe? O que todo mundo vai pensar?
Jota: foda-se o que vão pensar pô, o bagulho é eu e você, não tô te pedindo em casamento Bianca, só quero ter tua companhia diariamente. - falou sonso e eu rir batendo nele, saímos do banheiro e já demos de cara com o Russo de braços cruzados.
Russo: qual foi desse bagulho aí no teu rosto? - falou todo cheio de marra, chega deu medo.
__ não foi nada demais, vou morar com o Jota tá? - joguei logo a bomba e o Jota arregalou os olhos, prendi o riso.
Russo: ta maluca?
__ não, já tenho 18 anos, uma hora eu teria que seguir minha vida, não significa que não vou ter contato com vocês, só preciso fazer minha vida, ter minha privacidade e minhas responsabilidades. - falei e ele desfez a marra, mas ficou com carinha de triste o que me fez rir e abraçar ele. - coé pai, não vou embora do país, só vou morar lá na sul mas todo dia vou vim comer teu juízo.
Russo: é pra vim mesmo piveta e tu. - apontou para o Jota. - cuida da minha piveta hein, se liga. - Jota levantou as mãos em rendição e se juntou ao abraço, rir porque eu odeio toque mas o abraço deles é mo bom e me faz sentir protegida.
-----------------------------------------------------------
Jota e Bianca morando juntos, vai dar certo isso?