Capítulo 40

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Thiago | Coringa 👻

Ver minha família toda reunida no natal sempre foi um sonho, rolou muita coisa, muito estresse e muito desencontro, mas estar aqui com todos meus pivetes tudo grande e bem me faz feliz para caralho.

__ coé saí de perto da minha filha hein moleque. - apontei para o pivete só Luan, Pedro 12 anos na cara e fica atrás da minha filha, vê se pode.

Ele riu sem graça e saiu.

Iara: pai. - reclamou com vergonha e eu rir sentando perto dela. - expulsou meu amigo caramba. - fez cara de triste e eu beijei a cabeça dela. - acho que gosto dele pai. - quase infartei escutando isso.

__ coé Iara, tu tá nova pô, tem 12 anos só se liga. - falei bravo e ela riu me abraçando.

Iara: eu sei pai, só queria te contar das coisas que sinto, só consigo falar com você e a Marina, mas faz dias que ela nem me responde no whatsapp e nem me busca. - falou triste.

__ o bagulho é complicado piveta, ela tem várias coisas na mente dela se ligou? Sofreu muito, mas ela te ama pô, deu o sangue dela por tu e tá sempre fazendo tuas vontades, jaja ela brota aí e tu vai poder falar essas babaquices com ela. - ela riu assentindo e foi atrás do moleque chato.

Olhei em volta vendo a Alana perturbar a Larissa que já tava quase chorando, Larissa grávida é chata demais mané, namoral, rir da cara delas e o Luan se aproximou, ala meu pivete tá um homão da porra.

__ tá bonitão hein filhão. - brinquei e ele riu.

Luan: sempre fui pô, mas puxei a minha mãe, porque se tivesse puxado a tu, Deus me livre. - dei um tapão no pescoço dele que se afastou rindo. - tava com saudades de você velho. - implicou, com o Luan sempre foi assim, nos comunicamos atráves de implicâncias e eu amo isso.

__ velho teu cu pivete, segura teu filho hein, querendo laçar a minha ali ó. - apontei para o Pedro que dava um brigadeiro na boca da Iara e o Luan riu indo até eles.

Fiquei ali sentado olhando o movimento da casa do Igão que nem é grandona mas já tava cheio e nem chegou todo mundo.

__ até que fim hein seu porra, vem cá. - gritei quando vi o Henrique entrar com a mina dele, ele cemicerrou os olhos para mim mas veio e a menina foi falar com a Larissa. - quer apanhar agora ou depois filho da puta?

Henrique: mas o que eu fiz pai? É natal hein, se liga.

__ você não foi atrás da Marina ainda porque? Engravidou a menina e agora vai deixar ela arcar com as consequências sozinha? Se liga Henrique namoral.

Henrique: eu não sei nem se é meu pai, qual foi. - falou bolado e eu dei um tapão na cabeça dele. - todo mundo sabe que Marina é rodada pai, não vou assumir b.o que não é meu não, quando a criança nascer é só fazer o DNA, até lá é ela lá e eu cá. - não acreditei naquela merda que ele tava falando.

__ rodada é essa tua rola mucha pivete, respeita a mina que sempre teve com tu, cresceu contigo porra, te dar maior moral e tu fala assim dela? Se liga, ela quem te salvou porque se não fosse ela agora tu tava morto porra, repensa tuas atitudes.

Henrique: tá bom pai, falei merda, só quis dizer que talvez não seja meu e o melhor agora é esperar nascer. - falou mais calmo e eu dei de ombros, minha parte eu já tinha feito, ele fez toque comigo e foi atrás da mina dele.

Procurei Alana com os olhos e ela tava me olhando também, chamei com a mão e ele veio.

__ teus filhos só trás problemas porra. - falei puto e ela riu sentando no meu colo.

Alana: eles cresceram amor, o mínimo que podemos fazer é aconselhar e deixar eles tomarem a decisão e depois que a merda acontecer ajudar. - falou e eu concordei beijando o pescoço dela.

__ cheirosa pra caralho hein. - ela riu e me deu um selinho saindo de perto.

Olhei para a porta e entrou a família do perigo que só a família dele enche uma casa, puta que pariu viu.

Levantei indo até o Igão e logo o perigo se chegou com o Russo e o Barão, ficamos bebendo e conversando por ali, ia dar onze da noite e nada da Clara e Marina, duas fanfarronas.

__ vem cá. - puxei a Madu que tava passando. - cadê tua irmã, vai vim não? - cruzei os braços.

Madu: vai sim pai, só que Maria Clara pra se arrumar é um inferno, jaja ela chega. - assenti. - viu a Alice?

Apontei com a cabeça onde ela tava conversando com o rato e fiz careta, minhas filhas tudo rodeada de macho, dar não uma coisa dessa não, Madu me deu um beijo e foi em direção a eles, voltei a conversar com os caras e logo a atenção foi para a porta onde Marina chegou, atraindo a atenção de geral, principalmente do barão que não desviou o olhar, quase bati nele, não é minha piveta mas é considerada rapaz.

Iara: Marina. - quase gritou indo até ela e abraçou forte a Marina que riu abraçando de volta entregando um presenta para ela que já ficou felizona.

Sair de perto dos caras indo até elas.

__ pensei que não ia brotar pô.

Marina: ia mesmo não tio, mas Clarinha quase me mata pelo telefone, então resolvi vim. - eu rir e logo vi clarinha chegando de mãos dadas com uma loira, arregalei os olhos e a Marina me deu um tapinha pra disfarçar.

__ caralho, minha filha é lésbica e eu nem sabia. - falei.

Marina : não é lésbica tio, é bi, disfarça pelo amor de Deus que elas estão vindo pra cá. - falou desesperada e e Iara riu de mim.

Clara: pensei que ia ter que te buscar pelo cabelo. - abraçou a Marina que riu e a Marina abraçou a menina que chegou com a Clara. - oi pai, tá travado porquê? - riu e eu tentei falar mas não saía nada. - essa é Mikaelly, minha namorada.

A menina estendeu a mão e eu puxei ela abraçando que riu meio sem graça.

__ não sabia que minha filha tava namorando por isso a reação, se liga hein Maria Clara. - elas riram e pelo visto não faltava mais ninguém, ficamos por ali conversando e depois fomos comer.

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O último de hoje kks, por lá já e natal hein kkkkk

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