Capítulo 58

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Marina | Mari 🤍

Já chorei pra cacete hoje, enfim 4 meses de gestação e enfim o grande dia de saber o sexo dos meus bebês, estava feliz demais, reservamos uma praia para isso, não queria fazer na chácara da família, queria algo diferente.

Não chamei muitas pessoas, apenas quem realmente importa para mim e para o Henrique, olhei tudo em volta querendo chorar novamente de tão lindo que estava tudo.

Estela: já vai chorar de novo mulher? Vai borrar minha obra de arte aí véi. - chegou e eu rir tentando segurar as lágrimas.

__ tá tudo tão lindo amiga. - falei e ela riu me abraçando. - caralho, nunca imaginei eu sendo mãe, tendo filhos do Henrique e abraçada com a atual dele que agora é minha melhor amiga e irmã do meu ex melhor amigo e ex ficante. - ela gargalhou. - que inferno de destino, mas eu te amo demais, obrigada por não ter soltado a minha mão esses últimos meses e obrigada por sempre me entender. - falei e as lágrimas já desceram.

Estela: é um cú falar isso porque eu nunca me imaginei sua amiga e muito menos namorando o seboso do Henrique, mas eu amo vocês cara e meu irmão tá puto comigo por não me afastar de você, disse que vou quebrar minha cara contigo, então por favor não me decepciona. - falou toda dengosa e eu rir.

__ prometo, tá bom? - ela riu me soltando e foi atrás do macho dela, se fosse a um tempo atrás eu estaria louca de ciúmes, mas entendi que o que tinha que rolar entre eu e o Henrique rolou e nos deu as melhores coisas das nossas vidas, nossos filhos.

Vou andando até a entrada que está com uns balões azuis e roxo com um quadro com uma árvore desenhada e galhos, nesses galhos as pessoas irão pintar a ponta do dedo com a cor que acha que vai ser, azul se for menino e roxo se for menina, ou azul e roxo juntos se for casal e pintar nos galhos, no fim irei pendurar no quarto deles.

Olho mais adiante e vejo Thiago e Alana vindo, faço careta sem eles ver e continuo lá, meu ranço pela Alana não passa e o dela por mim também não, então cada uma fica no seu lugar e fica tudo de boas.

__ boa tarde gente. - falei gentil e eles riram se aproximando. - qual o palpite de vocês? - apontei para o quadro.

Thiago: se pá vai vim dois molecotes pô. - falou e pintou duas pontas dos dedos e colocou lá. - e tu amor?

Alana: bem que podia vim duas meninas pra fazer o Henrique pagar por todos os pecados dele, né Mari? - brincou e eu rir assentindo, ela riu e pintou as pontas dos dedos de rosa colocando na árvore também.

__ fiquem a vontade, tem algumas mesas espalhadas por aí no calçadão, é só sentar lá e os garçons vai servir vocês. - eles assentiram e foram, peguei meu celular e nenhuma mensagem do barão, depois daquele dia do chá da Larissa, estamos bem próximos, ficamos algumas vezes, mas acho que o que rola entre a gente é mais amizade do que outra coisa, tô correndo de relacionamento por agora, estou focada em apenas cuidar das minhas crias.

Bloquiei o celular e coloquei no bolso do short vendo Madu, Mali, rato e vt se aproximando, cemicerrei os olhos, esses quatros estão juntos demais, será um 4 é par?

__ 4 é par é? - brinquei vendo Maria Alice ficar vermelha de vergonha, Vt revirar os olhos.

Vt: meu pau. - falou puto e eu rir. - que bagulho é esse aí? - apontou para a árvore.

__ qual o palpite de vocês? - expliquei como ia funcionar e eles já se animaram.

Vt : vai ser um casal pô, assim o moleque protege a nega dos putos do morro. - todo mundo riu e ele pintou as pontas do dedo colocando na árvore.

Madu: vai ser duas princesas, igual eu e a Alice, né irmã? - falou e a lice assentiu rindo, as duas pintou os dedos e colocou na árvore.

Rato: vai vim dois moleques pô, os terro da favela. - revirei os olhos e ele pintou os dedos colocando lá.

__ fiquem a vontade gente, tem mesas espalhadas por aí, vou só esperar o restante do pessoal chegar para revelar. - eles assentiram e entraram e assim foi até todo mundo chegar.

Quando todo mundo chegou eu já tava mortinha.

Henrique: vamos revelar agora? - falou me assuntando e eu me engasguei com o suco fazendo ele rir.

__ aí seu desgraça, quase mata a mãe dos teus filhos de susto. - coloco a mão no peito e ele rir.

Henrique: tava toda pensativa aí, tava pensando em quê? - perguntou todo curioso e eu cemicerrei os olhos pra ele.

__ meu homem nem veio. - falei e ele segurou o riso. - o que é que você já quer rir, eu sou uma palhaça pra você?

Henrique: qual deles pô? - falou e eu não aguentei rindo também e dei um tapa nele. - tu só faz iludir o mano, é bom que ele arrume outra. - falou e eu fiz careta em imaginar o Barão com outra, falo que não quero nada com ele mas já estou bastante apegada, é foda.

__ ele não e nem doido, mato ele e ela. - ele riu debochado e eu não entendi, apontou com a cabeça para a entrada do lugar e eu tive a pior visão que poderia ter, o Barão entrando com uma mulher, e para piorar linda pra cacete, eu só me fodo né não?

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Será que barão vai fazer nossa Marininha sofrer um pouco?

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