Capítulo 63

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Danilo | Barão 🤡

Abrir os olhos e passei a mão na cama procurando a Maya e não achei, a garota representou hoje, me deu um cansaço legal, levantei colocando a cueca e fui até a hidromassagem afim de encontrar ela, mas lá ela também não estava, cemicerrei os olhos indo até a varanda e nada, onde essa garota se meteu?

Coloquei a bermuda pronto pra sair atrás dela até ver um papelzinho grudado no frigobar, peguei ele, vendo o que tinha escrito.

De : Maya
Para : Barão

Primeiro de tudo eu quero agradecer por ter me salvado anos atrás, por ter pego a responsabilidade para você e ter me protegido mesmo sem eu ser nada sua, quero dizer que você é uma pessoa foda quando é o Danilo, é incrível viver tudo com você, mas eu estou cansada, cansada de ser vista apenas como tua irmã ( coisa que eu não sou), sei que quando acordar vai acordar arrependido como todas as vezes que rola algo entre nós, cansei de amar por dois e ser usada como um brinquedo sexual seu, estou indo embora.

Não vou pedir desculpa pelo o que estou fazendo pois você merece isso e muito mais, peguei os 70 mil que você colocou na minha conta para guardar e os 120mil que estava na sua, nada mais justo não é? Eu preciso me refazer e você nem vai sentir falta desse dinheiro, tem muito mais guardado nas outras contas.

Então é isso Danilo, não vem atrás de mim, vou fazer o favor de ir para bem longe e nunca mais aparecer na sua frente, para não dizer que sou ruim, deixei a conta do motel paga, beijo.

Rir com ódio, essa garota não fez isso, caralho que ódio.

Como ela faz isso comigo véi? É maluca? Puta que pariu, sentei naquela cama bolado e peguei meu celular, olhei as contas e a filha da puta tinha zerado mesmo, o dinheiro não me faz tá ligado, mas porra a consideração que ela dizia ter por mim tá onde?

Bufei catando minha camisa pelo chão coloquei ela no ombro, peguei a chave do carro e sair daquele caraí, antes que eu explodisse aquele motel da porra, o homem tá puro ódio hoje, namoral, poderia colocar o mundo atrás dela, mas ia adiantar de que? Ter uma pessoa presa a mim que a qualquer momento pode fazer algo contra? Ela diz me amar mas ao mesmo tempo diz que eu mereço isso, então quem precisa de terapia é ela, mina louca.

Entrei no carro e fui direto para rocinha, por enquanto tô ficando por lá, mês que vem tenho que monitorar as favelas lá de Santa Catarina, vou passar um tempinho por lá.

Estacionei na frente da casa que estou ficando e entrei tomando um susto.

__ caralho, quer me matar véi? - perguntei vendo Marina deitada no sofá cama que tem aqui toda coberta, a sala gelada pra porra e comendo chocolate. - porque não avisou que ia brotar por aqui? - perguntei e nem cheguei perto, se eu soubesse que ela ia tá aqui tinha ao menos tomado banho, tô fedendo a sexo.

Marina: pensei que se eu avisasse você iria me ignorar, igual fez no chá. - fez careta e eu rir debochado.

__ quem me ignorou foi você gatinha, vou tomar um banho e já venho. - ela assentiu e eu subir correndo, entrei no quarto pegando uma toalha junto com um calção mole e fui para o banheiro.

Entrei no box e liguei na água quente, era tudo que eu precisava para relaxar, passei o sabonete íntimo que Marina comprou pra mim com cheiro de maracujá, enjoadão mas ela gosta do cheiro, fiquei alguns minutos ali mas sair rapidinho, me enxuguei no banheiro mesmo e coloquei o calção, estendi a toalha no box e sair do banheiro indo para o quarto, passei meu Malbec e desodorante, apaguei a luz e desci, cheio de fome.

__ são seis horas da manhã, qual o b.o pra tu tá aqui? - perguntei me jogando ao lado dela.

Marina: eu tô aqui desde ontem Danilo, umas onze pedi para o Henrique me trazer e quando cheguei aqui você não estava, resolvi esperar e acabei dormindo, acordei era cinco horas com as crianças chutando. - falou prestando atenção em um filme que tava passando na televisão. - vou nem perguntar onde você tava. - falou toda bravinha e eu rir, essa menina nunca sabe o que quer, uma hora diz que não quer nada comigo e outra hora morre de ciúmes, um porre.

__ tava pelos corres da vida. - ela riu falsa e eu puxei ela para o meu peito. - levei um golpe né foda. - falei fazendo cafuné em nela e ela passou o braço pela minha cintura. - mão gelada da porra Marina. - reclamei e ela riu jogando a coberta em mim.

Marina: poxa, quem deu o golpe primeiro que eu? - brincou e eu puxei o cabelo dela fraquinho.

__ aquela nega que foi no teu chá comigo. - falei e fiquei calado por um tempo e ela também. - eu considerava ela minha irmã se ligou? Apesar de rolar umas coisas a mais algumas vezes, mas considerava pra caralho. - ela escutava tudo atenta mexendo na minha corrente que tava pendurada no pescoço. - conheci ela menorzinha pô, tava sendo abusada e tals, salvei, cuidei e sei que as vezes era um cuzão com ela por saber dos sentimentos dela e acabar brincando com tudo isso, mas não esperava esse bagulho não, não mesmo. - desabafei e ela fez carinho na minha nuca.

Marina: as vezes a decepção vem de quem menos esperamos, não posso julgar ela sem saber o lado dela, mas dar tempo ao tempo pô, as vezes o melhor remédio é o tempo, do mesmo jeito que você estar magoado, ela também deve tá e os dois tem os motivos, o que não pode agora é meter os pés pelas mãos. - falou e eu apenas concordei com a cabeça, ficamos em silêncio só aproveitando a presença um do outro ali.

__ tu é chatinha, mas toda vez que eu tô na merda tu aparece, valeu mesmo. - falei sincero e beijei a cabeça dela.

Marina: chatinha é teu cu. - reclamou e eu rir. - sempre que precisar vou estar aqui, quando eu precisei você estava lá. - falou e beijou minha bochecha. - da próxima vez que você levar suas nega pra encontro da minha família, eu mato você e ela. - falou do nada e eu rir encaixando meu rosto no pescoço dela. - tô falando sério Danilo.

__ tá bom dona, vamos dormi pô. - falei e ela riu se encaixando mais perto de mim, abracei o corpo dela como dava por conta da barriga e não demorou muito para os dois apagar.

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