Henrique | Rique 🥵
Tava ficando maluco sem saber o que fazer, esse cara deve ter algum pacto com o coisa ruim, não é possível.
Peguei a garota faz uma semana que ela tá trancada na porra do quarto de hóspedes aqui na casa de Maria Clara e nada deles perceberem, não foram atrás, não fizeram b.o na polícia, não fizeram caralho nenhum e eu cheguei a conclusão que se entregar por ela, ele não vai.
Não sei o que tava pensando quando peguei ela, nem todos os pais é como o meu era, nem todos dariam a vida por os filhos e agora eu tava no impasse do caralho pois não queria matar ela e nem podia liberar, acabei fudendo com a vida da garota sem ela ter nada haver com o bagulho.
Dedé: vocês fizeram merda pra caralho, porra vey. - falou puto andando de um lado para o outro enquanto reclamava comigo e com a clarinha.
No começo do plano era só eu e ela, não queríamos explanar para ninguém, era b.o meu e dela, mas agora fudeu real.
__ tô ligado. - falei puto e ele me olhou mais puto ainda. - o que é caralho, quer que eu fale o que?
Maria Clara: é só matar, simples. - falou e eu olhei indignado para ela. - o que é Henrique? Vai dizer que quer comer ela?
__ para de falar merda caralho, vai matar a mina porque? Ficou maluca?
Maria Clara: você esqueceu que o pai dela matou o nosso pai? Quer mais motivo que isso? Não fode porra. - falou cheia de marra, filha da puta.
__ quem matou foi o pai dela Maria Clara, não ela. - ela deu de ombros ficando calada e eu bufei me jogando no sofá.
Dedé: a única solução é deixar ela aqui, matar esse porra de coronel e depois mandar ela para fora do país e uns caras de olho nela, se ela agir estranho aí matamos. - neguei com a cabeça puto, a culpa dessa porra toda é minha, pensando em porra de vingança acabei com a vida da garota.
__ por quanto tempo? Ela tá presa no quarto uma semana já porra.
Maria Clara: quer brincar de casinha com ela seu porra?
Ignorei essa insuportável do caralho e o Dedé riu, olhei para ele não achando a porra da graça e a porta da casa da Maria Clara abriu com tudo passando por ela uma Alana puta da vida, abrir maior olhão assim como André e Maria Clara permaneceu na postura.
Alana: o que porra vocês estão escondendo? - falou com a mão na cintura e eu rir nervoso.
__ coé mãe, não estamos escondendo nada. - no mesmo momento que falei isso a porta do quarto começou a bater desesperadamente e minha mãe olhou para nós três e para a porta com a sombrancelha arqueada. - eu posso explicar mãe.
Alana: então explica caralho. - falou puta mas a porra da garota começou a gritar e minha mãe abriu maior olhão. - vocês estão fazendo alguém de refém? Estão loucos? Abre aquela porra agora. - apontou e eu nem fui contra, só fui até lá abrindo olhando feio para a garota que nem saiu do quarto.
__ qual foi porra, quer o que?
Mikaelly: eu aceito a proposta. - falou meio baixo e eu rir de lado, era hoje que eu pegava esse puto e se tudo der certo, ele iria morrer da pior forma. - mas eu quero ir junto. - neguei com a cabeça.
__ nem fudendo, tá pensando que eu tenho cara de otário?
Mikaelly: então nada feito. - cruzou os braços toda bonitinha e eu empurrei ela para fora do quarto.
Alana: alguém pode me explicar?
__ ela é a filha do coronel que matou o meu pai. - falei de uma vez e a Alana olhou para mim, depois para clara e para a menina.
Alana: e o que vocês pretendiam fazer?
Maria Clara: pretendiam não, vamos fazer. - minha mãe olhou para ela de braços cruzados parecendo estar puta com todo mundo. - o que foi mãe, sempre disse a você que não iria ficar assim, ele vai pagar pelo que fez e a gatinha aí tem sorte dos outros dois aí ser besta porque se não ia juntinho com o papai dela. - falou e o olhar dela era puro ódio, eu entendo ela, também sinto a dor que ela sente, porém acho que nela é um pouco mais, ela era bem apegada ao nosso pai, eu também era, mas acho que ela é o gênio dele todinho, eu sou mais besta como ela mesmo fala.
Puxei a loira para cozinha e deixei os três se resolverem por lá.
__ quer comer alguma coisa?
Mikaelly: queria pizza, bem que você podia me levar numa pizzaria né? Já que eu vou ter que ficar aqui mesmo, me leva para conhecer o lugar. - olhei para ela tentando buscar alguma armação e parecia que ela estava falando de boa.
Assenti e saí com ela por trás de casa sabendo que quando voltasse a Clara iria encher meu saco.
Não confio na loira, mas não acho justo manter ela dentro de casa, se ela vai ter que parar a vida dela e ficar por aqui, por que ela não pode pelo menos circular no morro? Aqui é cheio de vapor e olheiro, impossível dela fugir, e comigo do lado não tem chance mesmo.