Alana | Lana❤️🩹
Ver ele novamente me fez lembrar de tudo que passamos juntos, de todas as brigas, de todas as vezes em que ele me machucou e machucou o Luan, sei que já tínhamos superado isso no passado mas talvez o destino não, e por isso ele precisou passar por tudo isso.
Eu não sei o que pensar, porque eu sentia muita falta dele e ainda sinto, sinto falta de nós quando éramos apenas adolescentes apaixonados, sem tudo isso, sem invenções de terceiros, sem brigas, ele feliz com a nossa família, mas aí tudo foi bagunçado e virou tudo isso, não me arrependo de ter feito nada na minha vida.
Não me arrependo de ter tomado atitude de ir embora, não me arrependo de ter criado meus filhos sozinha, nem de ter voltado e nem de ter me relacionado com o André, precisávamos disso tudo para ver o quanto somos fortes e o quanto nos amamos, eu amava o André, ainda o amo, mas quando vi o Thiago na minha frente hoje eu entendi que o amor que sentia pelo André não era igual eu sinto por Thiago, não que eu não o amasse, porém o amor que eu sinto pelo André é um amor de gratidão por ter ficado comigo em todos os momentos, por te me puxado do fundo do poço, por ter me ajudado com as crianças, por tudo que ele fez por mim, sempre vou ser grata e ama-lo por isso.
Porém o amor que eu sinto por Thiago é aquele que deixa a pessoa sem ar, com frio na barriga, sem falas e só com vontade de ficar com a pessoa e não soltar nunca mais, porém eu estava receosa, passou tanto tempo, agora não somos mais adolescentes, não sei do sentimento dele por mim, mas o meu continua o mesmo.
Estava na sala de triagem, atendendo algumas pessoas quando vi a tropa toda entrar e com eles a Marina, sorrir fraco em saber que pelo menos por a irmã dela ela consegue fazer algo de bom.
Cauã: cadê ela madrinha? - foi o primeiro a falar.
__ ela ainda continua na uti entubada, precisa de sangue, você vai doar? - perguntei diretamente para a Marina que virou a cara para mim, garota chata do caralho.
Igão: ela vai pô. - falou todo sem graça por conta das palhaçadas da Marina, assenti.
__ tudo certo então, ela precisa estar alimentada para não passar mal, sala 408, 4 andar. - ele assentiu e saiu com ela e o Cauã, vi o Thiago sentado com o olhar perdido e parecia abatido, fraco, olhei para o Henrique que não saía do lado dele, mas estava com o mesmo olhar perdido de quando tinha descoberto a suposta morte do pai. - Thiago, você precisa ir para casa ou pegar um quarto aqui, dormi um pouco, já comeu? - cheguei falando e ele me olhou rindo de lado.
Thiago: já me alimentei de comida, falta só a sobremesa. - me olhou segurando o riso e eu dei um tapa nele fazendo ele gemer de dor por conta dos machucados.
__ tá vendo, fica fazendo graça só se fode otário. - ele riu. - é melhor você ir para casa pô, aqui você não vai poder fazer mais nada, a Marina vai doar o sangue e aí é só esperar a Iara voltar, e você tá calado desse jeito porque? - perguntei ao Henrique.
Henrique: só faço merda. - falou sem me olhar.
__ você fez o que achou certo no momento Henrique, quem iria acreditar que realmente o Thiago tava vivo e o Dedé tava tentando ajudar? Agora é arcar com as consequências e seguir em frente, também não tá sendo fácil pra mim, viver com a pessoa por 15 anos e do nada perder ela não é fácil. - falei vendo o olhar do Thiago sobre mim e o Henrique ainda sem me olhar.
Thiago: tu casou com o mano? - perguntou com a voz carregada de ódio, e eu desviei o olhar, ouvir o risinho do Henrique e fiquei calada. - responde pô. - falou e eu olhei pra ele com raiva.
__ depois conversamos sobre isso Thiago, agora você vai para casa e dormi. - falei e ele negou rindo debochado. - se você falar besteira e me magoar eu não vou nem olhar mais para sua cara. - falei e ele levantou a mão em rendição.
Thiago: não ia falar nada pô, só que tu continua gatona. - falou todo sonso e eu neguei com a cabeça, ele levantou com o Henrique e me deram um beijo na testa e foram embora e eu fui continuar meu trabalho.
