Henrique | Rique 🥵
Chegamos no jacarezinho e a outra já foi entrando na casa dos outros sem bater, mal educada da porra.
Sair do carro trancando ele e falei com os caras e entrei.
__ caraí cara, tu conseguiu ficar mais feio com o tempo. - tirei uma com a cara do Igão e ele me mandou o dedo agarrado na Marina, sempre foi esse apego todo, porque quando o Dedé resolveu juntar com minha mãe, ela não aceitou muito, aí passou uns tempos na casa dele.
Marina: cadê o Cauã tio? - revirei os olhos sem eles ver, não sabia explicar, mas sentia um bagulho estranho em ver ela com os caras, principalmente quando era com o jota, que inclusive sumiu.
Igão: tá lá em cima com a Anne, vai lá pô. - ela assentiu e saiu correndo feito criança, bufei me jogando ao lado do feioso. - disfarçar pra que né filho da puta?
__ disfarçar o que caralho? - me fiz de maluco e ele riu me dando um pescotapa. - vai entregar a garota? Vou embora viu.
Ele negou com a cabeça e bufei, macho carente é foda.
Igão: preciso trocar um papo contigo, só não pode ser aqui, vamo lá na boca.
Assenti levantando e fomos, no caminho ele acendeu um cigarro de maconha e eu estranhei logo, é raro Igor fumar alguma coisa, só fuma quando tá na neurose mesmo.
Demorou um pouco e chegamos na boca, entramos na sala dele.
__ tô ligado que é b.o. - falei me jogando no sofá que tinha ali.
Igão: b.o dos grandes cria. - jogou um envelope em mim e eu fiz careta abrindo, mas o bagulho é que eu tava preparado para qualquer coisa, menos para aquilo que eu vi naquela porra.
__ que porra é pô? - olhei as fotos vendo uma delas o Dedé em um bar com o coronel tomando todas e com a porra do sorriso no rosto, caralho não queria acreditar naquilo.
Igão: ele traiu a gente pô, traiu mesmo. - falou decepcionado e o que eu sentia naquele momento era só ódio, ódio de ter acreditado nele, de ter deixado ele se envolver com a minha família, caralho a minha mãe tá num fogo cruzado do caralho.
__ eu vou matar ele Igor, não tem neurose, eu vou matar ele. - falei já me levantando.
Igão: se aquieta caraí, é nossa chance de pegar os dois juntos. - lembrei da filha do coronel que estava com a Clara e algo me dizia que a Clarinha estava em perigo, puta que pariu, estávamos dormindo literalmente com o inimigo.
__ fiz merda, fiz merda caralho. - andava de um lado para o outro e ele me olhou de braços cruzados. - sequestrei a filha do coronel, na verdade eu e a clarinha, e agora ela está lá na casa da Clara. - falei e bufei me jogando no sofá, que merda do caralho, quando vamos finalmente ter paz?
Igão: namoral, vocês só fazem merda caralho, tu tá ligado que colocou tua irmã no meio do fogo cruzado não é?
__ e eu ia fazer o que pô? Esse porra do coronel parece sabonete porra, escorregadio pra caralho, nunca pega.
Igão: nunca pegamos por conta do André caralho, agora que estamos sabendo da porra toda, podemos bolar um plano maneiro e pegar os dois, se ligou? - assenti. - tô ligado que ele não mandou o papo para o coronel ainda da filha dele para não dar na cara, só vocês sabem não é? - assenti de novo. - então pronto, ele tá esperando um momento de distração e é isso que vamos dar a ele.
__ como isso aí?
Igão: vou fazer um baile aqui amanhã, ele vai dizer que não vai poder vim, tu e Maria Clara tem que brotar, porém eu não vou estar aqui, ele tem que ver vocês saindo do morro se ligou? Pega a nega lá e trás para cá sem ele ver essa porra e depois só saí com a Maria Clara e deixa o resto comigo.
Neguei já nervoso.
__ tu vai ficar sozinho com eles caraí? Nem fudendo Igor.
Igão: confia em mim porra, não vai dar erro, é nossa chance. - assenti. - vai dar certo cria, vamos vingar teu pai.
__ espero por isso a anos Igor, tem que dar certo.
Igão: vai dar pô, tu vai ver.
Assenti e fiquei pensativo e por um momento meu pensamento foi na Marina, garota já é fodida sem mãe e agora vai ficar sem o pai, não sei nem o que fazer em relação a ela, eu espero que ela entenda que essa é a lei, traiu morreu.
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Eae galerinha, será que Dedé vai morrer fácil assim?
E Marina será que vai ficar de boa com isso?