Capítulo 14

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Marina 🤍

Olhei mais uma vez o telefone e nada de mensagem, fazia uma semana que o Jota não falava comigo, não era a primeira vez que brigávamos desse jeito, mas era a primeira vez que ele conseguia ficar sem vim atrás de mim e aquilo meio que feriu meu ego, eu gosto do jota, não como ele queira que eu goste, mas gosto.

Gosto de ter uma pessoa atrás de mim, fazendo o possível e o impossível por mim, gosto da sensação de ser desejada, mas meu coração tem dono e ele sabe, mas agora está pagando de doido e magoado para o meu lado, pensei que nossa amizade era além disso, mas pelo visto não é.

Bufei jogando o celular no outro sofá e vi o Henrique entrar em casa puto.

__ tá estressado beh? - debochei após ele bater a porta, não sei como meu pai e Alana ainda não desceram para ver o que foi.

Henrique: me estressa tu também não porra. - olhei para ele com raiva mas ignorei ele indo pegar meu celular assim que tocou, mas bufei ao ver que era apenas cobrança da operadora. - problemas no paraíso vida? - debochou e mandei dedo para ele.

__ tô triste irmão, me leva para tomar um açaízinho. - falei sabendo que ele ia me xingar pelo o irmão que falei.

Henrique: ai tu me fode Marizinha, irmão? - falou se aproximando e sentando do meu lado.

__ não somos irmãos?

Henrique: somos? - devolveu a pergunta e eu fiquei calada olhando para aquele rostinho lindo que só ele tem. - quer me beijar né safada. - brincou e eu rir, ele me puxou e grudou nossos lábios pedindo passagem com a língua, não aguentei e subir no colo dele passando minhas pernas uma de cada lado do corpo dele, ele riu com a boca colada na minha e continuou me beijando.

Sentir a mão dele passar por minhas costas e parar na minha bunda dando um tapinha fraco e apertando, mordeu minha boca e me afastou dele, suspirei frustada e peguei meu celular subindo para o quarto sem falar nada.

Era sempre assim, me tratava bem, me tinha na hora que queria e depois me mandava embora ou nem falava nada só se afastava, ele sabe o quanto gosto dele e só me ilude porque sabe que me tem fácil, resolvi ir tomar um banho e ir tomar meu açaí sozinha mesmo, era o que tinha para hoje.

Tomei um banho rapidinho e coloquei um short jeans com um moletom do jota, saudades do meu baybe chatinho, mas não vou atrás não, ele que venha, euem fiz nada.

Passei meu gloss e perfume saindo do quarto me batendo com o outro.

Henrique: vai sair?

__ vou tomar açaí lá na praça.

Henrique: me espera que eu vou também, vou só trocar de roupa.

Assenti descendo para a sala, sentei no sofá e olhei um story do jota vendo uma foto dele com uma das gêmeas que é tia dele, curti e sair do Instagram, posso não falar, mas curtir e stalkear é comigo mesmo.

Vi o outro descer e já levantei, saímos em silêncio e fizemos o caminho da praça no mesmo silêncio, quando chegamos na praça vimos o Vt e o Rato por lá, o Henrique foi em direção a eles e eu fui pedir meu açaí gigante que tanto amo com tudo que tenho direito, paguei e fui em direção aos meninos.

__ ninguém me peça que eu não vou dar. - falei e logo depois percebi que tinha duplo sentindo. - o açaí galera. - brinquei e o rato riu vindo pra cima de mim para pegar o açaí. - saí seu merdinha.

Ele me deu um tapinha e pegou uma colher do açaí.

Rato: Deus mandou dividir o pão sua imunda.

__ o pão, não o açaí. - fiquei comendo e eles conversando merdinha. - mentiraaaa. - gritei quando vi o Luan, Larissa, meu gatinho Pedro e as gêmeas.

Levantei com o açaí e fui até eles quase que correndo.

__ vocês nem avisa né. - abracei o Luan, meu preferido cara.

Luan: short curto do caralho Marina. - reclamou e eu rir, sempre ciumento.

__ oii gatinho da tia. - falei com o Pedro.

Pedro: oii tia. - me abraçou e aproveitou para pegar uma colher de açaí.

Larissa: eu quero também e nem nega que se não vai nascer um terçol no teu olho. - abrir maior olhão e as gêmeas riu.

__ cê tá grávida cara? - ela assentiu com os olhos cheios de lágrimas. - e tá chorando porque?

Larissa: porque eu queria um açaí. - todo mundo riu e eu dei o meu a ela que parou logo de chorar e foi comer.

Luan: vou deixar as bolsas em casa com essa grávida chata, vai ficar Pedro?

Pedro: não pai, tô cansadão.

Luan me deu um beijo na testa e foi com eles, ficando só as gêmeas, com elas eu me dou super bem, só com a Clara e o Henrique que as vezes dá choque.

__ beijaram muito por lá? - enrolei meus braços com os braços delas e fomos em direção aos meninos.

Madu: e o Luan deixa? Um porre. - reclamou e eu rir.

Rato: pensei que vocês iam morar por lá pô. - falou assim que as meninas chegou na roda, percebi o Henrique com a cara fechada para a Madu, mas ela nem ligou e se jogou no colo dele.

Mali: queria viu. - sentou do meu lado e ficamos quase a noite toda ali, só jogando conversa fora.

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Emerson - ( Rato - 25 anos)

Cria de favela Onde histórias criam vida. Descubra agora