Alana | Lana ❤️🩹
Ficar com ele era bom e ao mesmo tempo eu me julgava, como eu posso estar ficando com uma pessoa sendo que meu marido acabou de morrer? Faz apenas um mês que ele morreu e eu estou aqui beijando outro em um banheiro, mas não apenas um qualquer outro, é o Thiago, o meu Thiago.
Empurrei ele de leve e sorrir tentando sair enquanto ele me puxava.
__ para com isso véi. - falei enquanto ele beijava meu pescoço.
Thiago: qual o problema amor? Eu quero e tu quer, qual o problema da vez? - falou impaciente.
__ o problema é eu ficar falada na favela Thiago, meu marido. - ele me interrompeu colocando a mão na minha boca.
Thiago: teu marido sou eu, né não? - cruzou os braços me olhando.
__ você sabe que não né? Além de sequestrar, comeram tua memória também?
Ele bufou saindo de perto de mim e eu mordi meu lábio, pensando em quanto tempo passamos longe um do outro, em tudo que já vivemos e o quanto já passamos por cima de todos os obstáculos, além dele ser o meu amor, é o meu amigo, então não tem o porquê de estar com esse medo todo.
__ desculpa, eu só estou nervosa e com medo do que tudo isso pode virar. - falei e ele se aproximou segurando meu rosto.
Thiago: Alana ninguém paga tuas contas não pô, olha o tanto de coisa que já vivemos, o destino nos separou duas vezes e nas duas vezes deu outra chance, o que tu viveu com o mano não é algo insignificante, mas o que vivemos e podemos continuar viver é e sempre foi mas forte, eu tô disposto a esquecer o passado, basta saber se tu tá no mesmo papo, Eae?
Umedeci os lábios e olhei nos olhos dele, uma parte de mim queria agarrar ele aqui e dizer o quanto eu quero ser feliz com ele, mas a outra parte dizia que era cedo demais, muita coisa aconteceu e o medo de dar errado era muito forte.
__ eu quero ficar com você Thiago, mas eu preciso de tempo e calma, muita coisa aconteceu, mas eu quero viver intensamente com você. - falei e ele riu me beijando.
Sentir as mãos dele passando por meu corpo e parar na minha bunda dando um tapa forte e apertando logo em seguida, gemi entre o beijo fazendo ele sorrir.
__ vamos lá pra casa? - sugerir e ele sorriu com a cara dele de safado assentindo, me puxou pela mão e saímos sem ninguém perceber, agradeci quando vi a moto dele, iria chegar mais rápido e não ia dar chance da vontade ir embora.
Subimos na moto e ele me deu o capacete, me agarrei no corpo dele, porque o que tem de velho, tem de aventureiro, Deus me livre.
Nem demorou muito e chegamos na penha, ainda estamos por aqui por conta que o Thiago não conseguiu o morro dele de volta, a penha está sem gestão por enquanto o comando ainda está decidindo quem vai ficar de frente e o que vai rolar com o Henrique por conta do b.o lá.
Ele fez o caminho da minha casa e o coração apertou, não queria fazer isso na casa em que eu morava com o André, isso é tão complicado pra mim, o cara fechou 10/10 comigo, me ajudou em tudo e eu sei que ele morreu e eu estou viva, mas fazer algo com outra pessoa na cama onde eu dormia e fazia as coisas com ele não é legal.
Thiago: quer brotar lá na minha goma? - acho que ele percebeu minha cara e eu assenti beijando as costas dele que tava sem camisa, vi ele se arrepiar e fazer outro caminho.
Percebi que ele tinha alugado uma casa duas ruas antes da minha, esperto demais.
Ele parou a moto e descemos atraindo olhares, engoli em seco sabendo que mas tarde o comentário da favela seria isso, ele olhou feio pra todo mundo fazendo o povo parar de olhar, abriu a porta e entramos.
Thiago: Iara bagunça demais pô, olha isso. - mostrou uns quebra cabeça espelhado, rir me abaixando e juntando tudo em um cantinho, quando levantei, ele já estava bem perto de mim. - deixa isso tudo aí pô, quero fazer outro bagulho.
__ bem direto né? - ele riu me puxando e colocando a mão na minha nuca.
Thiago : perder tempo pra que né? - brincou e eu rir puxando ele, passei meus braços pelo pescoço dele e ele passou os dele ao redor da minha cintura. - quero te foder em todo lugar dessa casa, pode ser? - falou todo safado e fofo ao mesmo tempo, meu corpo arrepiou e aí eu vi que ele me tinha na palma da mão dele, apesar do tempo, de pessoas que conhecemos, ainda continuava sendo ele, ele ainda era o meu abrigo, o meu amor e eu não podia perder isso novamente.
Assenti mordendo a boca e enfim ele me beijou, e foi isso a tarde toda, matamos a saudade valendo, e o mundo poderia cair lá fora que nada me importaria, eu estava bem e feliz, depois de tanto tempo eu estava feliz e leve.
