O grupo finalmente chegou ao local do piquenique, uma clareira afastada e envolta por uma floresta densa. Os primeiros raios de sol criavam um jogo de luz e sombra nas folhas das árvores, enquanto a grama vibrante se cobria de pequenas flores silvestres que pontuavam o terreno. Uma brisa suave dançava entre os ramos, trazendo consigo o aroma fresco da natureza.
No centro da clareira, uma árvore robusta oferecia sombra perfeita. Jinn, com sua presença tranquila e observadora, ajudava a descarregar as cestas e cobertores. Ele usava um casaco leve, seus olhos atentos examinando o local.
— Esse lugar é lindo — comentou Jinn, olhando ao redor. — A natureza realmente sabe como nos surpreender.
Petal, com seu longo cabelo castanho esvoaçando suavemente ao vento, caminhava pela clareira. Enquanto inspirava o ar fresco, seus olhos brilhavam ao avistar as flores. Atraída, ela se agachou e começou a coletar algumas flores silvestres.
— Olhem essas flores! — exclamou ela, segurando um punhado de margaridas e pequenas orquídeas. — Precisamos fazer uma coroa para o Dante. Ele merece algo especial no seu aniversário!
Dante, aniversariante do dia, mantinha a expressão serena, mas seus olhos brilhavam de surpresa e gratidão ao ver o esforço do grupo em tornar seu dia especial. Ele ajeitava os cobertores que Marcus, com seu bom humor de sempre, espalhava pela grama.
— Certo, turma — disse Marcus, lançando um olhar brincalhão para Mei, que estava se preparando para se sentar. — Não deixem nenhum vampiro roubar toda a comida. Precisamos pelo menos fingir que somos civilizados.
Mei revirou os olhos, ajustando o chapéu com sua elegância habitual.
— Civilizados? Quem diria. Para o Dante, acho que podemos ao menos tentar. — Ela lançou um sorriso enigmático, desafiando Rebeca a se juntar à piada.
Rebeca, que estava ajudando a arrumar as bandejas, riu ao ouvir a interação.
— E quem diria que um piquenique poderia se transformar em um campo de batalha por comida? — ela brincou, olhando para Viktor. — Você acha que eles estão prontos para isso?
Viktor, ao lado de Rebeca, observava tudo com uma expressão satisfeita. Ele tinha uma mão apoiada no ombro dela, como se quisesse incluí-la em cada detalhe. Com seus cabelos escuros sob a luz suave da manhã, parecia ainda mais imponente.
— Se eles não estiverem, eu serei o primeiro a intervir — respondeu ele, piscando para Rebeca.
Petal, agora levantando-se com um sorriso travesso, começou a trançar as flores em uma coroa. Ao terminar, ela a segurou diante de Viktor, colocando-a em sua cabeça com um gesto brincalhão.
— Olha, são iguais aquelas que tínhamos atrás de casa quando éramos pequenos — disse ela, seus olhos brilhando de nostalgia.
Viktor riu, olhando para a coroa e depois para Petal, seu rosto suave refletindo a memória compartilhada. Rebeca observou a cena, intrigada e sentiu uma onda de curiosidade sobre a infância deles juntos.
— Vocês cresceram juntos, não é? — perguntou Rebeca, sorrindo ao se aproximar. — Deve ter sido divertido
Dante, que havia escutado, interveio, rindo.
— Eu não sabia que você era tão romântica, Petal! — disse ele, piscando. — Agora entendi de onde vem o seu talento para fazer coroas.
Petal sorriu, olhando para Viktor com carinho.
— É, essas flores...elas sempre me lembraram dos nossos dias despreocupados. — Ela deu um passo atrás, admirando a coroa que agora adornava a cabeça dele.
A conversa fluía, e Marcus, com seu jeito extrovertido, começou a contar uma história engraçada sobre uma briga que teve com um grupo de caçadores de vampiros.
— Então eu disse a eles: "Vocês não têm ideia de com quem estão lidando!" e saí correndo... — ele gesticulou dramaticamente, fazendo todos rirem.
— E você realmente saiu correndo? — questionou Mei, com um sorriso travesso nos lábios.
— Com certeza! Mas só porque eu deixei o resto do grupo para trás — respondeu ele, piscando.
O piquenique começou oficialmente, e o grupo, já acomodado, passou a partilhar os lanches e histórias leves. Riam juntos, contando histórias e criando um ambiente de alegria que fazia parecer que aquele momento estava suspenso no tempo.
Rebeca, observando a camaradagem deles, sentiu uma onda de felicidade.
— É tão bom ver vocês se divertindo assim — comentou ela, olhando para o grupo.
Dante assentiu, agradecendo a todos com um olhar que dizia mais do que palavras poderiam expressar.
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Marked by Shadow
FantasyApós ouvir rumores sobre um bar misterioso onde as sombras da sociedade se reúnem, a destemida jornalista Rebeca segue sua curiosidade até o coração do French Quarter, em Nova Orleans. Lá, ela cruza o caminho de Viktor, um vampiro enigmático com uma...